quinta-feira, 25 de julho de 2013

Perguntas e Respostas a partir da Cruz de CRISTO...P/01-25/07/2013




 “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?” Salmo 22: 1 “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Mateus 27:46 Contemplamos aqui ao Salvador submerso nas profundezas de Suas agonias  e dores. Nenhum outro lugar como o Calvário mostra melhor as angústias de Cristo, e nenhum outro momento do Calvário está tão saturado de agonia  como quando esse clamor rasga o ar: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. A debilidade física que lhe sobreveio naquele momento pelo jejum e pelos açoites se somou à aguda tortura mental que experimentou por causa da vergonha e da ignomínia que teve que suportar. Como culminante da dor, sofreu uma agonia espiritual inexprimível devido ao desamparo do qual foi objeto por parte de Seu Pai. Essa foi a negridão e a escuridão de Seu horror. Foi então quando penetrou nas profundezas das cavernas do sofrimento. Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Nessas palavras de nosso Salvador existe algo que tem sempre o propósito de nos beneficiar. A contemplação dos sofrimentos dos homens nos afligem e nos horroriza, mas os sofrimentos de nosso Salvador, ainda que nos movam ao pesar, estão revestidos de algo doce e cheio de consolação. Aqui, inclusive aqui, nesse negro local de dor, enquanto contemplamos a cruz, encontramos nosso céu. Esse espetáculo que poderia ser considerado horroroso, torna ao cristão alegre e feliz. Se bem lamenta a causa, se alegra devido às consequências.
I.                  Primeiro, em nosso texto, existem
                  TRÊS PERGUNTAS
 para as quais peço sua atenção.  A primeira é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?‖ por essas palavras devemos entender que, nesse momento, nosso bendito Senhor e Salvador se encontrava desamparado por Deus de uma maneira que nunca antes havia estado. Ele tinha combatido com o inimigo no deserto e três vezes o venceu e o derrubou em terra. Tinha lutado contra esse inimigo durante toda Sua vida, e inclusive no jardim lutou com ele até sentir que sua alma estava muito triste. Não é senão até esse momento que experimenta uma profundidade de dor que não tinha jamais sentido antes. Era necessário que Ele sofresse, no lugar dos pecadores, justo o que os pecadores deveriam ter sofrido. Seria difícil conceber o castigo pelo pecado se prescindisse da face franzida da Deidade. Sempre associamos o crime com a ira, de tal forma que quando Cristo morreu, o justo pelos injustos, para nos levar a Deus,‖ quando nosso bendito Salvador se converteu em nosso Substituto, pelo momento se tornou em vítima da justa ira de Seu Pai, já que lhe foram imputados nossos pecados para que Sua justiça pudesse nos ser imputada a nós. Foi necessário que experimentasse a perda do sorriso de Seu Pai, pois os condenados no inferno devem de ter provado essa amargura; e, portanto, o Pai fechou os olhos de Seu amor, pois a mão da justiça diante do sorriso de Seu rosto, e deixou que Seu Filho clamasse: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Não existe nenhum ser vivente que pudesse explicar o pleno significado dessas palavras; ninguém poderia fazê-lo nem o céu nem a terra, e quase acrescentaria que nem o inferno; não existe ninguém que poderia captar essas palavras em toda a profundeza de sua aflição. Alguns pensam, às vezes, que nós poderíamos clamar: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Existem estações quando o brilho do sorriso de nosso Pai se vê eclipsado pelas nuvens e a escuridão. Porém, temos de lembrar que Deus realmente não nos desampara nunca. Quanto a nós é só um aparente desamparo real. Só Deus sabe quanto nós lamentamos algumas vezes por causa de uma pequena retirada do amor de nosso Pai; mas quando Deus aparta realmente Seu rosto de Seu Filho, quem poderia calcular quão profunda foi a agonia que isso lhe provocou quando clamou: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Em nosso caso, esse é o clamor da incredulidade; em Seu caso, foi a expressão de um fato, pois Deus tinha se apartado realmente Dele por um tempo. Oh, você, pobre criatura perturbada, que uma vez viveu sob o brilho do sol do rosto de Deus, mas agora está em trevas; anda agora no vale da sombra da morte, ouve ruídos e tem medo; sua alma está sobressaltada dentro de você, e você está sobrecarregado de terror ao pensar que Deus lhe desamparou! Recorde que Ele não te desamparou realmente pois “Os montes quando estão envoltos na escuridão, São tão reais como no dia” O Deus coberto pelas nuvens é tão Deus nosso como quando Ele brilha com todo o lustre de Sua benevolência, mas posto que só pensamento de que tenha nos desamparado provoca agonia, qual haveria sido então a agonia do Salvador quando clamou: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. A seguinte pergunta é: Por que te alongas do meu auxílio?. Deus ajudou a Seu Filho até aqui, mas agora Ele tem que pisar sozinho o lagar e nem sequer Seu próprio Pai pode estar com Ele. Você não sentiu, algumas vezes, que Deus o conduziu a realizar algum dever, mas que, não obstante, aparentemente não lhe deu a força para realizá-lo? Não sentiram nunca essa tristeza de coração que os induz a clamar: Por que te alongas do meu auxílio?. Mas se Deus tem o propósito de que realizem algo, vocês podem fazê-lo, pois Ele lhes dará o poder. Talvez seu cérebro vacile, mas Deus ordenou que tem de fazê-lo e vocês o farão. Não sentiram como se tivessem que continuar inclusive quando a cada passo que vocês davam sentiam medo de colocar o outro pé por temor de não ter um firme apoio?  Se tiveram qualquer experiência das coisas divinas, tem de ter acontecido isso com vocês. Dificilmente poderíamos adivinhar o que foi que nosso Salvador sentiu quando disse: Por que te alongas do meu auxílio?. A Sua obra é uma obra que ninguém senão uma Pessoa Divina poderia realizar, e, no entanto, os olhos de Seu Pai olhavam para outro lado, mas não para Ele! Com algo mais que os trabalhos hercúleos a Sua frente, mas sem que nada do poder do Pai lhe houvesse sido dado, qual não terá sido a tensão que se cingia sobre Ele!  Certamente, como disse Hart “Suportou tudo o que o Deus encarnado podia suportar, Com a força suficiente, e nada que poupar”. A terceira pergunta é: Por que te alongas das palavras do meu bramido?. A  palavra traduzida aqui como bramido‖ quer dizer, no idioma hebreu original, esse profundo e solene gemido que é provocado por alguma séria enfermidade, e que é expresso por homens que sofrem muito. Cristo compara Suas orações com esses gemidos, e se queixa que Deus está tão longe Dele que não lhe ouve. Amados, muitos de nós podemos nos identificar aqui com Cristo. Quantas vezes lhe temos pedido algum favor a Deus de joelhos, e pensávamos que pedíamos com fé, mas não houve nenhuma resposta! Voltamos a nos colocar de joelhos. Houve algo que deteve a resposta; e com lágrimas em nossos olhos, lutamos de novo com Deus e suplicamos por meio de Jesus, porém os  céus pareciam de bronze. Na amargura de nosso espírito clamamos: é possível que haja um Deus?. E temos dado a volta dizendo:  Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido?‖ Assim tu eres? Desdenhas alguma vez o pecador? Acaso não disseste: Clames e os abrirá? Estás resistente a ser amável? Reténs Tua promessa?‖ e quando temos estado a ponto de nos render tendo aparentemente tudo contra nós, acaso não temos gemido, e não temos dito:  Por que te alongas das palavras do meu bramido?‖ ainda que saibamos algo, não é muito o que podemos entender verdadeiramente a respeito dessas terríveis dores e agonias que nosso bendito Senhor suportou quando fez essas três perguntas: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
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