sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO...P/01—06/09/2013



 “E, levantando-se, foi para seu pai (...)” Lucas 15:20
Essa frase expressa o verdadeiro ponto de inflexão na história da vida do filho pródigo. Muitos assuntos o conduziram a esse ponto, e antes de chegar a ele, havia muito no filho pródigo que era muito esperançoso; porém esse foi o momento decisivo e se nunca houvera chegado a esse ponto, teria permanecido sendo um pródigo e nunca teria sido o filho pródigo restaurado, e sua vida teria sido uma advertência mais do que uma instrução para nós. “E, levantando-se, foi para seu pai”. Falando, como faço, em meio a uma extrema debilidade, devo economizar minhas palavras;  vou direto ao ponto, e peço ao Senhor que faça com que cada sílaba pronunciada seja poderosa por Seu Espírito e tenha uma aplicação  prática.
I Começaremos advertindo que AQUI HOUVE AÇÃO: “E, levantando-se, foi para seu pai”. Havendo experimentado um estado de reflexão, e tendo caído em si, agora deveria prosseguir e vir a seu pai. Já havia considerado o passado, e o havia posto na balança, e tinha visto o vazio dos prazeres do mundo; havia visto sua condição em relação a seu pai e quais eram suas expectativas se ficasse nessa província afastada; havia refletido sobre o que deveria fazer e qual seria o provável resultado de sua ação; mas agora que ele havia passado os limites de sua imprecisão de pensamentos, chegava até a atividade e a implantação do curso da ação. Quanto tempo passará, queridos leitores, até que vocês façam o mesmo? Agrada-nos que reflitam; esperamos que um grande ponto seja ganho se forem conduzidos a considerar seus caminhos, a ponderar sua condição e a olhar sinceramente para o futuro, pois a irreflexão é a ruína de muitos viajantes que vão rumo a eternidade, e por seu meio os incautos caem no profundo abismo da segurança carnal e perecem em seu interior. Mas alguns de vocês foram encontrados entre os reflexivos” durante o tempo suficiente. Já é momento de passarem para uma etapa mais prática. É a hora suprema de atuarem. Teria sido muito melhor se já tivessem atuado, porque no que se refere à reconciliação com Deus, os primeiros pensamentos são os melhores. Quando a vida de um homem pende por um fio, e o inferno está justamente em sua frente, seu caminho é claro e uma segunda consideração é supérflua. O primeiro impulso de escapar do perigo e agarrar-se em Cristo é o que, se for sábio, deveria fazer. Alguns aos quais me dirijo agora estão pensando, pensando, e pensando... e temo que fiquem pensando até sua perdição. Que sejam conduzidos, pela graça divina, a crer, e não só a pensar, pois se não fosse assim, seus pensamentos se converteriam no verme imperecível de seu tormento. O filho pródigo havia ultrapassado também a etapa da simples lamentação. Estava profundamente compungido por ter abandonado a casa de seu pai, lamentava seu profuso esbanjamento no desenfreio e nas orgias, e deplorava que o filho de tal pai como o seu se visse desgraçado até chegar a ser um „cuidador de porcos‟ e uma terra estranha. Mas agora passou da lamentação ao arrependimento e ele se moveu para escapar da condição que o assolava. De que serviriam as lamentações se continuáramos no pecado? Por todos os meios que podem, levantem as comportas de sua dor se as águas fizeram dar voltas na roda da ação, mas poderiam muito bem reservar suas lágrimas se elas não significarem outra coisa além de um inútil sentimentalismo. De que serve a um homem dizer que se arrepende de sua má conduta se, todavia, persevera nela? Alegramo-nos  quando os pecadores lamentam o pecado e se afligem pela condição em que o pecado os conduziu, mas não seguem adiante, suas lamentações somente o prepararão para o remorso eterno. Se o filho pródigo tivesse ficado parado por causa do desespero ou parvo pela sombria dor, teria perecido longe da casa paterna, como é de temer-se que muitos perecerão cuja tristeza pelo pecado os conduz a uma arrogante incredulidade e a um voluntário desespero em relação ao amor de Deus. Porém ele foi sábio, pois sacudiu a sonolência de seu desalento e com uma resoluta determinação, “levantando-se, foi para seu pai”. Oh, vocês que estão tristes, quando serão suficientemente sábios para fazer o mesmo? Quando seus pensamentos e aflições darão lugar a uma obediência prática do Evangelho?  O filho pródigo avançou também além da simples resolução. O versículo diz: “Levantar-me-ei” (v. 18) é bom, mas é muito melhor o versículo que diz: “E, levantando-se” (v. 20). As resoluções são boas, como os botões das flores, mas melhores ainda são as ações, pois são como os frutos. Alegramo-nos quando ouvimos a resolução de vocês: “me voltarei para Deus‟‟, mas os anjos no céu não se regozijam por causa das resoluções, já que eles reservam sua música para os pecadores que efetivamente se arrependem. Muitos de vocês, como o filho da parábola, disseram: “Sim, Senhor, eu vou”, porém não foram. Vocês são tão propensos a esquecer como são a resolver. Cada sermão sincero, cada morte em sua família, cada tom fúnebre por seu vizinho, cada remorso na consciência, cada visita da enfermidade te dá uma resolução de emenda, mas suas notas promissórias nunca estão honradas e teu arrependimento termina em palavras. Sua bondade é como o orvalho, que ao amanhecer adorna com joias cada folha do chão, porém logo quando o sol ardente chega sobre o prado, deixa o chão seco e quente. Você ridiculariza seus amigos e não dá importância à sua alma!  Você algumas vezes já disse nessa casa: “tão pronto chegue a meu quarto me prostrarei”, mas no caminho de casa você se esquece de que tipo de homem era e o pecado confirma seu cambaleante trono. Você já não perdeu tempo suficiente? Acaso você já não mentiu bastante pra Deus? Você não deveria, agora mesmo, largar suas resoluções e progredir com o solene assunto de sua alma como um homem de sentido comum? Você está num barco que está afundando e o bote está perto de você, mas sua mera resolução de entrar nele não te impedirá de naufragar junto com o barco; tão certo como agora você sabe que é um ser vivo, irá afundar a menos que pule para salvar sua vida. “E, levantando-se, foi para seu pai”. Agora observe que essa ação do pródigo foi imediata e sem discussões adicionais. Ele não chegou ao dono dos porcos e perguntou: “ah, você poderia subir meu salário? Se não puder, terei que partir”. Se ele tivesse negociado, estaria completamente perdido! Ele não deu nenhum aviso a seu antigo patrão e cancelou o contrato de trabalho, fugindo. Queria eu que os pecadores aqui presentes rompessem sua aliança com a morte e violassem seu pacto com o inferno, escapando até Jesus Cristo para salvar suas vidas, pois Ele recebe a todos os „fugitivos‟ que assim o fazem. Não precisamos de nenhuma permissão nem licença para renunciar o serviço do pecado e de Satanás, nem tão pouco é um assunto que requer uma consideração de um mês: nesta matéria, a ação instantânea é a mais sábia. Ló não parou para consultar o rei de Sodoma para saber se podia abandonar seus domínios, nem tão pouco consultou os oficiais da comunidade para averiguar a conveniência de abandonar rapidamente seu lar. Com as mãos dos anjos segurando as deles, ele e sua família fugiram da cidade. Não, uma mulher não fugiu. Olhou para trás e essa olhada lhe custou a vida! Essa estátua de sal é uma Eloquente  admoestação para nós para que evitemos demoras quando é necessário que fujamos para salvar nossas vidas. Pecadores, você quer se tornar uma estátua de sal? Vai parar entre duas opiniões até que a ira de Deus te condene à penitência eterna? Desprezarás a misericórdia até que a Justiça te fira? Levante-se, homem, e enquanto seu dia de graça continue, escape para os braços de amor!
                
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