segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O Espírito Santo No Ministério...P/01...28/10/2013



Escolhi um tópico sobre o qual seria difícil dizer algo que já não tenha sido dito antes muitas vezes. Mas, como o tema é da mais alta importância, é bom deter-nos nele com freqüência, e ainda que só exponhamos velhas coisas e nada mais, talvez seja sábio fazer-vos lembrar-se delas. Nosso tema é: O Espírito Santo  No Ministério, ou a obra do Espírito Santo concernente a nós como ministros do evangelho de Jesus Cristo. “CREIO NO ESPIRITO SANTO”. Tendo pronunciado esta frase como conteúdo, espero que possamos repeti-la também como um solilóquio devoto impulsionado por nossa experiência pessoal aos nossos lábios. Para nós, a presença e a obra do Espírito Santo constituem a base da nossa confiança quanto à sabedoria e ao elemento de esperança da obra da nossa vida. Se não crêssemos no Espírito Santo, teríamos renunciado ao nosso ministério muito antes, pois, “quem é suficiente para estas coisas?” Nossa esperança de sucesso e nossa força para a continuidade do serviço jazem em nossa crença em que o Espírito do Senhor repousa sobre nós. Por ora dou por certo que todos nós estamos cônscios da existência do Espírito Santo. Dissemos que cremos nEle. Na verdade avançamos além da fé, nesta questão, e penetramos na região da consciência. Houve tempo em que a maioria de nós cria na existência dos nossos amigos presentes, pois tínhamos ouvido falar deles com os nossos ouvidos, mas agora nos vemos uns aos outros, trocamos apertos de mão fraternais e experimentamos a influência do companheirismo agradável, e portanto agora não é tanto que cremos, como conhecemos. Igualmente experimentamos o Espírito de Deus operando em nossos corações, temos conhecido e percebido o poder que Ele exerce sobre os espíritos humanos, e O conhecemos por contato pessoal, freqüente e consciente. Pela sensibilidade do nosso espírito tomamos consciência da presença do Espírito de Deus, do mesmo modo como tomamos consciência da existência das almas dos nossos semelhantes por sua ação sobre as nossas almas, assim como estamos certos da existência da matéria pela sua ação sobre os nossos sentidos. Fomos elevados da obscura esfera daquilo que é apenas mente e matéria às fulgurâncias celestiais do mundo espiritual. Agora, como homens e mulheres espirituais, discernimos as coisas espirituais, sentimos as forças superiores dos domínios do espírito, e sabemos que há um Espírito Santo, pois O sentimos operar em nossos espíritos. Não fosse assim, certamente não teríamos direito de estar no ministério da igreja de Cristo. Deveríamos permanecer até como membros da igreja? Mas, irmãos, fomos vivificados espiritualmente. Temos definida consciência de uma vida nova, com tudo o que dela resulta; somos novas criaturas em Cristo Jesus e vivemos num mundo novo. Fomos iluminados e capacitados a contemplar coisas que os olhos não vêem. Fomos guiados para a verdade de tal natureza que a carne e o sangue jamais poderiam ter revelado. Temos sido consolados pelo Espírito. Muitíssimas vezes o santo Paráclito nos tem levantado dos abismos da tristeza às alturas da alegria. Em certa medida, também fomos santificados por Ele; e estamos cônscios de que a santificação vai sendo operada em nós por diferentes formas e meios. Portanto, dadas estas experiências pessoais todas, sabemos que o Espírito Santo existe, com a mesma certeza de que nós mesmos existimos. Sinto-me tentado a demorar-me aqui, pois este ponto merece maior consideração. Os descrentes pedem fatos. A velha doutrina comercial de Gradgrind entrou na religião, e o cético brada: “O que quero são fatos!” Estes são os nossos fatos: não nos esqueçamos de usá-los. Um cético me desafia com esta observação: "Não posso fixar minha fé num livro ou numa história. Quero ver fatos reais." Minha resposta é: “Você não os pode ver porque os seus olhos estão vendados. Mas os fatos estão aí, nem mais nem menos. Aqueles dentre nós que têm olhos vêem coisas maravilhosas, embora você não as veja”. Se ele ridiculariza a minha afirmação, não fico espantado nem um pouco. Já o esperava. Ficaria espantado, e muito, se não o fizesse. Mas exijo respeito por minha posição como testemunha de fatos, e dirijo ao meu oponente a pergunta: "Que direito tem você de recusar a minha prova? Se eu fosse cego, e você me dissesse que possui uma faculdade chamada visão, eu seria irracional se o ofendesse chamando-lhe otimista convencido. Tudo que você tem direito de dizer é que nada sabe sobre isto  mas não está autorizado a chamar-nos de mentirosos ou bobos. Você pode juntar-se aos ofensores do passado e declarar que o homem espiritual é louco, mas isso não desfaz as afirmações deste." Irmãos, para mim, os fatos produzidos pelo Espírito de Deus demonstram a veracidade da religião cristã com a mesma clareza com que a destruição de Faraó no Mar Vermelho, ou o maná caído no deserto, ou a água saltando da rocha ferida, podiam provar a Israel a presença de Deus no meio das suas tribos. Chegamos agora ao cerne do nosso assunto. Para nós, ministros, o Espírito Santo é absolutamente essencial. Sem Ele o nosso ofício não passa de um nome. Não nos arrogamos sacerdócio além e acima daquele que pertence a todos os filhos de Deus. Mas somos sucessores daqueles que, nos velhos tempos, foram movidos por Deus a proclamar a Sua Palavra, a dar testemunho contra as transgressões e a dirigir a Sua causa. A menos que o espírito dos profetas esteja repousando sobre nós, o manto que usamos não passa de um traje tosco e enganoso. Como objetos dignos de aversão, devíamos ser expulsos da sociedade dos sinceros por ousarmos falar em nome do Senhor  se é que o Espírito de Deus não repousa sobre nós. Cremos que somos arautos de Jesus Cristo, designados para continuar o Seu testemunho na terra. Mas, sobre Ele e sobre o Seu testemunho sempre repousou o Espírito de Deus, e se Este não repousa sobre nós, é evidente que não somos enviados ao mundo como Cristo foi. No dia de Pentecoste, o início da grande obra de converter o mundo foi com línguas flamejantes e com um forte e impetuoso vento, símbolos da presença do Espírito. Portanto, se pretendemos ter bom êxito sem o Espírito, não estamos seguindo a norma pentecostal. Se não temos o Espírito que Jesus prometeu, não podemos cumprir a comissão que Jesus deu. Não seria preciso advertir algum irmão aqui sobre a ilusão de que podemos ter o Espírito de Deus no sentido de sermos inspirados. Contudo, os membros de certa seita litigiosa moderna precisam ser advertidos sobre essa loucura. Defendem a idéia de que as suas reuniões são realizadas sob “a presidência do Espírito Santo” noção sobre a qual só posso dizer que fui incapaz de descobrir na Escritura Sagrada tanto a expressão como a idéia. Encontro, sim, no Novo Testamento, um grupo de coríntios notavelmente dotados, que gostavam de falar e dados a lutas partidárias  verdadeiros representantes daqueles a quem me referi. Mas, como Paulo disse deles, “Dou graças porque a nenhum de vós batizei”, também dou graças ao Senhor que poucos daquela escola alguma vez se acharam em nosso meio. Poderia parecer que as suas assembléias possuem um dom peculiar de inspiração, não chegando inteiramente à infalibilidade, mas aproximando-se bem dela. Se vocês se meteram nessas reuniões, pergunto enfaticamente se foram mais edificados pelas preleções produzidas sob a presidência celestial, do que pelas preleções de comuns pregadores da Palavra. Estes se consideram sob a influência do Espírito Santo somente como um espírito está sob a influência de outro espírito, ou como uma mente sob a influência de outra. Não somos passivos transmissores de infalibilidade. Somos sinceros instruidores de coisas que aprendemos, na medida em que as pudemos captar. Como as nossas mentes são ativas e têm existência pessoal enquanto o Espírito age sobre elas, transparecem as nossas fraquezas bem como a Sua sabedoria. E enquanto revelamos aquilo que Ele nos fez saber, somos grandemente humilhados pelo temor de que a nossa ignorância e os nossos erros se manifestem em certo grau ao mesmo tempo, porque não nos sujeitamos mais perfeitamente ao poder divino. Não desconfio que vocês se extraviem na direção a que aludi. Certamente não é provável que os resultados de experiências anteriores induzam sábios a essa loucura. Eis nossa primeira pergunta: Onde havemos de buscar o auxílio do Espírito Santo? Quando tivermos falado sobre este ponto, consideraremos mui solenemente um segundo: Como podemos perder essa assistência? Oremos no sentido de que, pela bênção de Deus, a consideração deste ponto nos ajude a retê-la. Onde havemos de buscar o auxílio do Espírito Santo? Devo responder: por sete ou oito meios.
1. Primeiro, Ele é o Espírito de conhecimento.
“Ele vos guiará a toda a verdade”. Nisto, precisamos do Seu ensino. Temos urgente necessidade de estudar, pois o mestre de outros precisa instruir-se. Subir ao púlpito normalmente despreparado é presunção imperdoável. Nada poderá rebaixar-nos mais efetivamente, e ao nosso ofício. Depois de um discurso que o bispo de Lichfield fez em visita oficial, discurso sobre a necessidade de zeloso estudo da Palavra, certo clérigo disse à sua reverendíssima que não podia crer em sua doutrina, "pois", disse ele, "muitas vezes, quando estou no gabinete pastoral, pronto para pregar, não sei sobre o que vou falar, mas vou para o
púlpito, prego, e não penso em nada disso." O bispo respondeu: "E você está certo em não pensar nada disso, pois os oficiais da igreja me disseram que partilham da sua opinião."  Se não somos instruídos, como podemos instruir outros? Se não nos dedicamos a pensar, como podemos levar outros a pensar? É em nosso labor de estudar, nesse bendito trabalho em que estamos a sós com o Livro diante de nós, que precisamos da ajuda do Espírito Santo. Com Ele está a chave do tesouro celeste, e pode enriquecer-nos além da nossa imaginação.
                         
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