Um bispo de
um país pequeno engajou-se apaixonadamente numa revolução social e política.
Não havia dúvidas de que tal reforma se fazia necessária. Todavia, ele estava
cego quanto a seus aliados. Quando a revolução finalmente aconteceu, ele
descobriu que seu povo saltara da frigideira para o fogo. Um ano após a
revolução, ele falou para um grande auditório, as lágrimas escorrendo pelo
rosto: Meu Deus, o que fiz? iludi meu
povo. "Ai daqueles que chamam ao mal de bem!"
Queremos o
Sucesso Agora Como, confundimos tanto nossos valores?
Como caímos nesta armadilha de Satanás?
Para começo
de conversa, temos pouca visão. Buscamos atalhos para a felicidade. Nossa ânsia
de prazer imediato faz com que pensemos no mal como bem. Num dos livros de John Steinbeck, um de seus personagens
diz que, "se isso tiver êxito, eles não serão considerados desonestos, mas
espertos". No nosso desejo de fazer sucesso rapidamente, é fácil confundir
os valores e chamar ao mal de bem e ao bem de mal. Modificamos o nosso código moral, adaptando-o
ao nosso comportamento, quando, na verdade, deveríamos modificar o nosso comportamento
para harmonizá-lo com as leis de Deus. Nada hoje em dia é fixo, não pisamos no
chão firme. Milhões de jovens ficam se deslocando de um lado para o outro. São
como mísseis desgovernados, cheios de energia e ambição, mas sem direção. Os
mais velhos os desencaminharam. As pressões do grupo os desencaminham. A ênfase
indevida à violência e ao sexo, e o desprestígio do lar nos filmes e na TV os
desencaminham. Às vezes, o sistema educacional os desencaminha
intelectualmente. Em milhares de igrejas são desencaminhados teologicamente.
Assim, espiritual e moralmente, eles estão à deriva, sem bússola ou guia. E, no entanto, nas minhas viagens, vejo que a
maioria dos jovens realmente quer que ditemos a lei moral. Podem não aceitá-la
ou crer nela, mas querem escutá-la, claramente e sem rodeios." Toleramos com
a maior facilidade as promessas falsas dos políticos, as farsas da publicidade,
a "cola" nos exames universitários, os exageros nas conversas, e as
desonestidades do dia-a-dia do Sr. e Sra. Homem Comum. Não mais nos sentimos
chocados com a imoralidade ou a injustiça social que nos cerca. Até mesmo os
Brasileiros mais pobres são mais ricos
do que a média em muitos países. No entanto, em comparação com outros setores
da sociedade, existe a pobreza nos Estados Unidos. Fraude e corrupção estão
sendo descobertas em muitos dos nossos programas sociais para as cidades os problemas urbanos aumentam de hora em
hora.
O preconceito racial
ainda existe.
Eu estava
andando de carro com um homem muito rico. Sentados no banco de trás, nos
dirigíamos para a sua casa. Passamos pelos limites de uma favela. Contei-lhe
que, alguns dias antes, eu fizera uma visita às áreas miseráveis do bairro. Ele
deu de ombros e disse: Isso é uma coisa em que não pensamos. Se ele fosse
cristão, seria seu dever pensar nisso e ver o que poderia fazer a respeito. Num
verdadeiro sentido, somos os guardiães de nossos irmãos. Como cristãos, devemos
ser Bons Samaritanos. Mas o problema básico ainda é o coração humano. Quem
afirmaria que as pessoas mais ricas, que moram nas zonas elegantes afastadas da
cidade, são basicamente mais felizes do que aquelas que moram no centro? A
felicidade não vem, do conforto. Vem da paz interna que encontramos no nosso
relacionamento com Deus.
O
Egocentrismo do Homem.
Quando uma
coisa nos dá lucro ou prazer, nossa tendência é considerá-la maravilhosa mesmo
sabendo que, em alguns casos, ela vai de encontro às leis de Deus. "Mas é
o que eu sempre quis" ou "eu gosto, mesmo sabendo que é errado"
são os álibis que fabricamos para justificar o mal e chamá-lo de bem. Podemos
ilustrar o contraste entre o egocentrismo e o altruísmo com as vidas de Pierre
e Marie Curie. Depois de descobrir os poderes curativos do rádio, eles chegaram
a considerar a idéia de mantê-lo em segredo, patenteá-lo e enriquecer com a
descoberta. Marie disse a Pierre as palavras que os levaram á sua decisão: Os
físicos sempre publicam as suas pesquisas por completo. Se nossa descoberta tem
um futuro comercial, então isso é um acidente do qual não podemos tirar lucro.
E o rádio vai ser útil no tratamento de moléstias... Parece-me impossível tirar
vantagem disso. Na noite em que morreu, o papa João Paulo I estava lendo o
clássico de Thomas Kempis, Imitação de Cristo. O autor diz: "Se vais daqui
para ali buscando a tua própria vontade, nunca serás feliz ou
despreocupado." Que diferença faria se pudéssemos olhar para fora,
seguindo as palavras de Jesus: "Buscai primeiramente o seu reino e a sua
justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas." (Mateus 6:33)
Atualmente, as pessoas encaram o cristianismo com a mesma praticidade com que
levam as situações do seu cotidiano, perguntando-se o que podem ganhar com ele.
No nosso egoísmo, pensamos em Deus como pensamos em todas as outras pessoas. O
que Ele pode contribuir para nós, pessoalmente? Em outras palavras, queremos
que Deus seja o nosso servo. Foi esse espírito egocêntrico que abriu a porta do
Paraíso para Satanás, fazendo com que ele tenha acesso aos redutos de Deus até
hoje.
A Arte da
Racionalização
Jogamos a
culpa nos outros, arranjamos desculpas para nossos atos e achamos fácil chamar
o mal de bem. Desde Adão é assim, como podemos confirmar nessa passagem do
Gênesis: ''A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu
comi." (Gênesis 3:12) Hoje, há um congressista famoso que se satisfaz com
o fato de não fazer "nada que mil outros homens não tenham feito".
Nós sempre estamos arrumando desculpas para nós mesmos. Nosso Senhor
impacientava-se com a racionalização. Em Lucas 18, Ele ironizou o fariseu
hipócrita que dizia: "Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais
homens, que são ladrões, injustos, adúlteros, nem ainda como este
publicano." (v. 11) O fariseu se enganava, colocando-se num plano superior
ao de outros homens. Porém, o cobrador de impostos, a quem o fariseu olhava com
desdém, enxergou-se como era e disse: "Ó Deus, sê propício a mim,
pecador." (v.13) Jesus falou: "Digo-vos que este desceu justificado
para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o
que se humilha será exaltado." (Lucas 18:14) Como podemos ter a noção
certa de nossos valores? Como pode o nosso juízo deformado ser endireitado? Há
quem ache que a educação é a resposta a essas perguntas. Provam às pessoas que
o crime não compensa, que o sexo ilícito é psicologicamente prejudicial, que a
bebida excessiva faz mal ao corpo e ao cérebro.
Programas de
reforma social e pessoal estão sendo continuamente reformulados. Serão a
resposta ao mal?
Outros dizem
que a ciência é a resposta. A ciência pode fazer uma bomba limpa ou um cigarro
inofensivo. Pode enfrentar os problemas das drogas. A ciência, dizem, pode
sondar o cérebro do homem e alterar os seus desejos. Porém, a Bíblia, que
suportou os estragos do tempo, nos conta uma história diferente. Diz que temos
uma natureza pecaminosa, baixa, que luta contra nós, que deseja destruir-nos.
Paulo falou: "Portanto, querendo eu fazer o bem, acho a lei do que está
comigo o mal." (Romanos 7:21) O mal está presente para se disfarçar,
astutamente, de bem. O mal está presente para nos controlar e enganar. Não
estamos em paz conosco ou com Deus. É para isso que serve a Cruz de Cristo: para
nos reconciliar com Deus e dar-nos uma nova natureza. O homem sem Deus é uma
contradição, um paradoxo, uma monstruosidade. Em si mesmo, é totalmente
inadequado. Paulo achou a cura para a sua natureza violenta, destrutiva, não na
universidade ou na cultura da Grécia, mas na estrada para Damasco, na Síria, ao
conhecer Jesus Cristo. Mais tarde, escreveu: "Pois a lei do Espírito da
vida te livrou em Cristo Jesus da lei do pecado e da morte." (Romanos 8:2)
Antes da sua conversão, Paulo achava que Cristo era o mal maior, mas depois que
O encontrou, amou aquilo que odiara tão fervorosamente. Finalmente, pôde
enxergar o mal como mal e o bem como bem. "Logo lhe caíram dos olhos umas
escamas, e recuperou a vista." (Atos 9:18) Os seus valores foram endireitados,
porque sua natureza fora modificada pela graça redentora de Deus. Apesar de sua
conversão, contudo, Paulo não se libertou do sofrimento. O cristianismo não é
um seguro contra as moléstias e dificuldades da vida. Por que o Sofrimento,
Deus? Por que sofremos? Uma coisa está clara. A Bíblia insiste que há
sofrimento no mundo porque há pecado no mundo.
TEM CONTINUAÇÃO.
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