Não o amor
mecanizado, mas o amor voluntário satisfaz o coração de Deus. Se não fosse pelo
amor de Deus, nenhum de nós sequer teria uma chance na vida futura! Há alguns
anos, um amigo meu parou no alto de uma montanha na Carolina do Norte. Naquela
época, as estradas eram cheias de curvas e não dava para enxergar muito
adiante. Esse homem viu dois carros vindo em direção contrária. Deu-se conta de
que os motoristas não podiam ver um ao outro. Apareceu um terceiro carro e
começou a ultrapassar um dos carros, embora não houvesse espaço para ver o
carro que vinha do outro lado da curva. Meu amigo soltou um grito de
advertência, mas os motoristas não podiam escutá-lo, e houve uma colisão fatal.
O homem na montanha viu tudo. É assim que Deus nos vê na Sua onisciência. Ele
vê o que aconteceu, o que está acontecendo e o que acontecerá. Na Escritura,
Ele nos adverte, repetidas vezes, sobre as dificuldades, problemas, sofrimentos
e julgamento que nos esperam. Muitas vezes, ignoramos a Sua advertência. Deus
tudo vê e tudo sabe. Mas nós somos muito limitados pela finidade de nossas
mentes e o curto tempo que temos na terra para sequer começar a entender o
poderoso Deus e o universo que Ele criou.
Ele É um
Deus de Amor
Deus não
está cego aos apuros do homem. Ele não fica parado no alto de uma montanha,
olhando impotente para a colisão da humanidade. Como o homem causou a sua
própria colisão rebelando-se contra o Criador, Deus poderia ter permitido que
ele despencasse na escuridão e destruição. Isso seria compatível com a santidade
e a retidão de Deus. Todavia, esse outro grande atributo de Deus, o Seu amor,
não permitiu que Ele o fizesse. Desde o começo daquela colisão, Deus tinha um
plano para a salvação, a redenção e a reconciliação do homem. Na verdade, o
plano é tão fantástico que acaba por erguer o homem muito além e acima até dos
anjos. O amor consumidor de Deus pela humanidade foi demonstrado decisivamente
na Cruz, quando a Sua compaixão corporificou-se em Seu Filho Jesus Cristo.
A palavra
compaixão vem de duas palavras latinas que significam "sofrer com".
Deus estava disposto a sofrer com o homem. Nos 33 anos que precederam a Sua
morte, Jesus sofreu como homem; na cruz, Ele sofreu pelo homem. "Deus
estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (II Coríntios 5:19). E,
novamente: "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter
Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." (Romanos 5:8) Foi o
amor de Deus que enviou Jesus Cristo para a cruz. Foi porque ele estava no
controle e era controlado pelo amor que forneceu aquele substituto divino para
o nosso pecado.
O amor de
Deus não começou na cruz. Começou antes do mundo ser estabelecido, antes que o
relógio de ponto da civilização começasse a se mover. O conceito distende a
nossa compreensão até os limites máximos de nossas mentes. Volte, na sua
imaginação, para as incontáveis eras antes de Deus ter criado esta terra atual,
quando ela era "sem forma e vazia" e a escuridão profunda e
silenciosa do espaço exterior formava um vasto golfo entre o brilho do trono de
Deus e o vácuo escuro onde existe agora o nosso sistema solar. Imagine o brilho
da glória de Deus enquanto o querubim e o serafim, os próprios anjos, cobrem a
face com as asas em respeito e reverência para com Aquele, o Ser elevado e
sagrado que habita a eternidade! Já naquela época, Ele previa o que ia
acontecer e, no entanto, no Seu amor misterioso, permitiu que acontecesse. A
Bíblia nos fala do "Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo"
(Apocalipse 13:8). Deus previu o que o Seu Filho ia sofrer. Como já se disse,
havia uma cruz no coração de Deus muito antes da cruz ser erigida no Calvário.
Somente ao pensarmos nestes termos começaremos a perceber a maravilha e a
grandeza do amor dEle por nós.
O Amor DEle, Desde o
Começo dos Tempos
Foi o amor
que levou Deus a formar uma criatura à Sua imagem e semelhança, e a colocá-la
num paraíso de beleza insuperável. Foi o amor dEle que forneceu o plano da
salvação, pois Ele sabia antecipadamente que o homem se desviaria do programa
divino original. Foi o amor de Deus que deu ao homem o ser livre e o privilégio
da opção, quando Ele falou: "De toda a árvore do jardim podes comer
livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não
comerás." (Gênesis 2:16, 17) Somente Deus dá a Seus filhos liberdade de
escolha. O homem foi liberado desde o começo dos tempos para fazer o que lhe
aprouvesse, mas, fosse qual fosse a sua escolha, haveria consequências. Se ele
optasse pela rebelião, haveria sofrimentos terríveis, morte e a separação
eterna de Deus. Se optasse pela obediência ao plano de salvação de Deus,
haveria alegria abundante, vida eterna e a eventual construção de um paraíso
neste planeta. Deus se preocupava tanto com o bem-estar do homem que marcou com
cuidado o local de perigo nesse meio ambiente perfeito. "Coma o fruto de
qualquer outra árvore", falou Deus, "exceto desta. Nesta existe a morte."
Porém, o homem cometeu um erro fatal que afetaria todas as gerações por nascer.
A despeito da advertência de Deus, Adão e Eva comeram os frutos daquela árvore.
Contudo, foi o mesmo amor que fez com que Deus chamasse Adão: "Onde estás?"
(Gên. 3:9) Deus sabia onde Adão estava mas Ele queria que Adão soubesse.
Preparou o caminho para que Adão e Eva voltassem para Ele como companheiros.
Foi o amor de Deus que colocou os Dez Mandamentos nas mãos de Seu servo,
Moisés. Foi o amor dEle que gravou aqueles estatutos não apenas na pedra, mas
nos corações de todos os povos (nas suas consciências), e os tornou a base de
toda lei civil, estatutária e moral, não importa quanto a justiça humana possa
ter-se tornado pervertida. Foi o amor de Deus que soube que os homens eram
incapazes de obedecer à Sua lei e foi o amor dEle que prometeu um Redentor, um
Salvador, que redimiria o Seu povo de seus pecados. Foi o amor de Deus que
botou palavras de promessa nas bocas e corações de Seus profetas, séculos antes
da vinda de Cristo.
TEM
CONTINUAÇÃO.
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