sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

UM PLANO DE SALVAÇÃO...P/18..02/01/2015


                UM PLANO DE SALVAÇÃO...P/18 ...02/01/2015

Uma pessoa cujo nome é sinônimo de "sofrimento vitorioso" é a prendada e corajosa tetraplégica Joni Eareckson. Vive numa cadeira de rodas, incapaz de fazer qualquer coisa por si mesma e, no entanto, é um dos seres humanos mais vibrantes e belos que já vi. Dividiu conosco o palanque cm muitas de nossas cruzadas, e o seu testemunho do que o Senhor fez por ela, em e durante sua provação, nunca cessa de me espantar e me tornar humilde. Joni emergiu do fogo de sua provação com uma percepção incrivelmente ampla e sensível não apenas quanto ao significado do sofrimento, mas também quanto a todas as grandes verdades teológicas inerentes a este tópico. Joni já teve o seu próprio Armagedom. Sua capacidade de captar as verdades mais profundas e verbalizá-las em termos simples me assombra e inspira. Conheço pouca gente, inclusive alguns de nossos maiores teólogos, que possua uma noção tão prática e abrangente de quem é Deus e do que está fazendo em Seu mundo. Os livros dela e o filme sobre a sua vida, suas apresentações na televisão e sua história publicada na imprensa tocaram milhares de vidas. O seu serviço para Deus é muitas vezes maior do que se jamais tivesse sofrido aquele acidente, ao mergulhar na Baia de Chesapeake.
Kim Wickes, que comparece à maioria de nossas cruzadas, ficou cega na infância porque as retinas de seus olhos foram destruídas quando ela olhou para a explosão de uma bomba. Seu pai tentou matá-la, jogando-a no rio. Desesperado e sem saber mais o que fazer por causa da guerra e da fome, o pai acabou deixando-a num asilo para crianças cegas e surdas em Taegu, Coréia. Mais tarde, foi adotada por uns americanos e começou os anos de estudo e treinamento que resultaram num testemunho em letra e música que encantou milhões. Seus estudos levaram-na às melhores escolas do mundo, inclusive a Viena. Os acontecimentos da vida de Kim podiam ter destruído muitas pessoas, porém, pela graça de Deus, ela triunfou sobre a adversidade.
Hoje em dia, existem milhares de cristãos no mundo todo que estão enfrentando diariamente a dor, a perseguição e a oposição por sua fé. Ficamos sabendo agora de seus triunfos e sobrevivência em muitas partes do mundo. A sua fé em Cristo é profunda e forte. A disposição com que enfrentam a perseguição nos deixa envergonhados. Não compreendo como o corpo humano pode suportar uma perseguição do tipo que estão sofrendo hoje em dia alguns de nossos irmãos e irmãs em Cristo como, por exemplo, em Uganda. Sei apenas que, quando Jesus Cristo está com uma pessoa, esta pode suportar os padecimentos mais profundos e emergir um cristão ainda melhor e mais forte. A questão de como devemos suportar o sofrimento será abordada no capítulo seguinte.

                 O Sofredor Supremo: Jesus Cristo

Será que olhamos para nós mesmos, nossas provações, nossos problemas, quando estamos sofrendo? Será que vivemos segundo as circunstâncias, em vez de acima das circunstâncias? Ou será que olhamos para Aquele que sofreu mais do que podemos conceber?
Em Table Talk (Conversa à mesa), Martinho Lutero disse: "Nosso sofrimento não é digno do nome de sofrimento. Quando considero minhas cruzes, tribulações e tentações, quase morro de vergonha, pensando no que são em comparação com o sofrimento de meu abençoado Salvador, Jesus Cristo." Existem várias coisas na vida de Cristo que revelam o Seu papel como o "servo sofredor", Messias. É impossível reconstituir cada aspecto desta busca por toda a Sua vida, mas considere estas verdades: Em Isaías 53, os sofrimentos do Salvador são descritos com tanta minúcia que o texto pode ser lido quase como se fosse algo escrito por uma testemunha ocular, ao invés de ser a previsão de um homem que o escreveu oitocentos anos antes do fato. Observe que a vida de Jesus começou em meio à perseguição e ao perigo. Ele veio numa missão de amor e misericórdia, enviado pelo Pai. Um anjo anunciou a Sua concepção e deu-Lhe Seu nome. Todos os anjos cantaram um hino glorioso quando Ele nasceu.
Por meio da "estrela" ou meteoro extraordinário, o próprio céu indicou a Sua vinda. Por Si mesmo foi a criança mais ilustre que já nasceu o santo filho de Maria, o Filho divino de Deus. No entanto, mal Ele entrou no nosso mundo e já Herodes decretou a Sua morte e fez de tudo para consegui-ta. Repare, também, que Ele assumiu um papel de profunda degradação. Filho do pai Eterno, Ele tornou-se um bebê feito à semelhança do homem. Assumiu nossa natureza humana com todas as suas enfermidades e fraquezas e capacidade para o sofrimento. Veio como o filho de pais paupérrimos. Toda a Sua vida foi de humilhação voluntária. Veio para servir e ministrar, não para ser servido. Outro aspecto de Seu sofrimento são as suspeitas vis e as deturpações que teve que suportar. "Ele veio para o que era seu, e os seus não o receberam." (João 1:11) Em vez disso, zombaram dEle e O trataram com desdém. Foi "desprezado e rejeitado" pela maioria deles. Trataram-no como um transgressor da lei de Deus, alguém que desrespeitava o Sábado, uma pessoa pecaminosa – um beberrão, um alcoólatra, alguém associado a marginais e pecadores notórios. Repare também que Ele esteve constantemente exposto à violência pessoal. No começo de Seu sacerdócio, Seus próprios conterrâneos de Nazaré tentaram jogá-lo montanha abaixo. (Lucas 4:29) Os líderes religiosos e políticos muitas vezes conspiraram para prendê-Lo e matá-Lo. Finalmente, acabou sendo preso e levado a julgamento ante Pilatos e Herodes. Muito embora fosse inocente das acusações, foi denunciado como inimigo de Deus e do homem, e indigno de viver. Os sofrimentos de Jesus também incluíram as ferozes tentações do demônio. Isto foi vividamente descrito em Mateus 4:1: "E então foi levado Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo." Lembre-se, também, que Ele sabia, antecipadamente, o que O esperava, e isto aumentou ainda mais o Seu sofrimento. Conhecia o conteúdo do cálice que tinha de beber; conhecia a trilha de padecimentos que tinha que percorrer.
Podia enxergar claramente o batismo de sangue que O esperava. Falou claramente a Seus discípulos da morte próxima pela crucificação. Jesus, o sofredor supremo, veio para sofrer por nossos pecados. Como resultado de Seus padecimentos, nossa redenção ficou assegurada. O que o sofredor divino exige de nós? Apenas nossa fé, nosso amor, nosso louvor agradecido, nossos corações e vidas consagrados. Será demais para se pedir? O Cristo vivendo em nós permitirá que vivamos acima de nossas circunstâncias, não importa o quão dolorosas sejam. Talvez você que está lendo estas palavras encontre-se quase esmagado pelas circunstâncias que está enfrentando no momento. Pergunta-se quanto ainda poderá agüentar. Mas não se desespere! A graça de Deus é suficiente para você e permitirá que supere as suas provações. Que esta seja a sua confiança: "Quem nos separará do amor de cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? (...) Em tocas estas coisas somos mais do que vencedores por aquele que nos amou." (Rom. 8:35-37)

                         O QUE FAÇO COM A MINHA DOR?

A dor, o megafone de Deus, pode me afastar dEle. Posso odiar a Deus por permitir tal miséria. Por outro lado, pode me levar a DEUS.
NEM SEMPRE somos consistentes em nossas reações ao sofrimento pessoal. Com um tipo de aflição, somos capazes de agüentar firme e seguir em frente. Com um outro golpe da vida, parecemos desmontar.
Nossas Reações São o Resultado de Nossas Convicções
Lorde George Gordon Byron e Sir Walter Scott foram talentosos escritores e poetas que viveram no fim do século XVIII e começo do século XIX. Ambos eram mancos. Byron se ressentia amargamente de sua deficiência e vivia se queixando da sua sina. Nunca se ouviu Scott reclamar do seu problema. Certo dia, Scott recebeu uma carta de Byron que dizia: "Daria a minha fama para ter a sua felicidade."
O que fez a diferença nas suas reações ao sofrimento e suas atitudes para com suas deficiências? Byron era um homem que se orgulhava do seu estilo de vida dissoluto. Os seus padrões morais eram duvidosos. Scott, por outro lado, era um fiel cristão, cuja vida corajosa exemplificava os seus padrões e valores cristãos. Para o cristão, a reação ao sofrimento deve ser influenciada por seu conceito do que Jesus Cristo suportou por ele na cruz e na sua compreensão da vontade de Deus para ele em sua dor, não importa qual a sua fonte ou intensidade. A vida cristã é uma vida livre da penalidade do pecado no que diz respeito ao julgamento, mas não é livre dos resultados do pecado. Por causa da desobediência no Paraíso, o pecado invadiu o universo perfeito de Deus e daí o sofrimento inevitável que encontramos durante a nossa peregrinação humana – o sofrimento que terminará, no que diz respeito ao cosmos, no Armagedom. Nesse meio-tempo, não estamos livres de aflições, doença, transtornos emocionais, problemas financeiros e todo o espectro do sofrimento humano.
              
             Cristo Nunca Prometeu Uma Vida Fácil.

Jesus Cristo falou francamente a Seus discípulos sobre o futuro Nada ocultou deles. Ninguém pode acusá-lo de logro ou de fazer falsas promessas. Em linguagem inconfundível, Ele lhes disse que o discipulado significava uma vida de abnegação, carregando uma cruz. Pediu-lhes que contassem os custos com cuidado, para que depois não dessem meia-volta ao encontrar o sofrimento e a privação. Jesus disse a Seus seguidores que o mundo os odiaria. Eles seriam presos, flagelados, e levados perante governadores e reis. Até mesmo os seus entes queridos os perseguiriam. Como o mundo O odiava, trataria mal a Seus servos. Ele também advertiu: "Ainda mais vem a uma hora em que todo o que vos mata julgará oferecer um culto a Deus." (João 16:2) Sendo assim, o cristão deve esperar conflito, não uma vida fácil e gostosa. Ele é um soldado e, como já foi dito, o seu capitão jamais lhe prometeu imunidade dos percalços da batalha.
Muitos dos primeiros seguidores de Cristo ficaram desapontados com Ele, pois a despeito de Suas advertências, esperavam que Ele subjugasse seus inimigos e instalasse um reinado político no mundo. Quando se viram face a face com a realidade, "se retiraram, e não andavam mais com ele". (João 6:66) Porém, os verdadeiros discípulos de Jesus sofreram por sua fé. Sabemos que os primeiros cristãos rejubilavam-se quando iam ser mortos, como se estivessem indo para um banquete de núpcias. Banhavam as mãos no fogo aceso para queimá-las e gritavam de alegria. Um dos historiadores da época, ao testemunhar o heroísmo deles, escreveu: "Ao amanhecer o dia da vitória, os cristãos marchavam em procissão da prisão para a arena como se estivessem marchando para o céu, com fisionomias alegres marcadas pelo contentamento, e não pelo medo." Tácito, um historiador romano, escrevendo sobre os primeiros mártires cristãos, falou: "Acrescentavam-se à sua morte zombarias de todo o tipo. Cobertos com peles de animais, eles eram feitos em pedaços pelos cães e pereciam, ou eram pregados em cruzes, ou lançados às chamas e queimados, para servir de iluminação noturna, quando o dia terminava. Nero oferecia seus jardins para o espetáculo." Como eram verdadeiras as palavras de Paulo aos primeiros cristãos: "Por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus." (Atos 14:22)
Alguém já disse que estas são as "contradições permitidas" de Deus em nossas vidas. Todavia, existe uma diferença drástica entre a vontade permissiva de Deus e a Sua vontade perfeita para nossas vidas. Nós nos desviamos daquela vontade perfeita quando Adão escolheu a desobediência a Deus no Paraíso. Quando a vida nos desfecha seus golpes, podemos reagir com ressentimento, resignação, aceitação ou boas-vindas. Somos os exemplos vivos de nossas reações.
TEM CONTINUAÇÃO.
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