Certa vez,
uma mãe salvou a sua filhinha de uma casa em chamas, mas sofreu queimaduras
graves nas mãos e braços. Quando a menina cresceu, sem saber como os braços da
mãe tinham ficado daquele jeito, sentia vergonha das mãos marcadas e cheias de
cicatrizes e insistia para que a mãe usasse sempre luvas compridas para cobrir
aquele fealdade. Porém, certo dia, a filha perguntou à mãe como seus braços
tinham ficado tão marcados. Pela primeira vez, a mãe contou-lhe a história de
como lhe salvara a vida com aquelas mãos. A filha derramou lágrimas de gratidão
e disse: Ah, mamãe, que mãos lindas, as mais lindas do mundo. Não as esconda
nunca mais! O sangue de Cristo pode parecer um tópico sombrio e repulsivo para
os que não se dão conta de sua verdadeira importância, mas, para os que
aceitaram a Sua redenção e foram libertados da escravidão do pecado, o sangue
de Cristo é precioso. O escravo liberto jamais se esquece do alto preço da sua
liberdade. Já viu alguém recebendo transfusão de sangue? O sangue era precioso,
vital e, sem dúvida, não era repulsivo. O sangue de Cristo comprou a igreja ou
seja, toda a companhia daqueles que confiam nEle para a salvação. "Cristo
amou a igreja e por ela se entregou a si mesmo." (Efésios 5:25) Quando
Cristo nos comprou, fez de nós um povo marcado. Sobre cada coração que abraça o
sangue de Cristo, Deus coloca uma marca invisível como símbolo de sua redenção.
Já carimbaram a mão para entrar num parque de diversões ou num evento
esportivo? A marca em si não aparece, exceto quando se joga nela um determinado
tipo de luz. A luz de Deus, da mesma forma, brilha sobre nossos corações para
determinar quem faz parte da verdadeira igreja de Cristo. Independentemente de
cor, raça ou nacionalidade, aqueles que são marcados com o sangue são
distinguidos como aqueles que confiaram em Cristo, e só nEle, para a sua
salvação. Deus, hoje em dia, é o mesmo que era antigamente. Quando os
israelitas sofriam cruelmente como escravos no Egito, Deus libertou-os de sua
escravidão. Na véspera da libertação, todo chefe de família israelita teve
ordem de matar um cordeiro e aspergir o batente da porta com o seu sangue. Este
era o sinal para que os anjos da destruição respeitassem a casa. Deus falou:
"Quando eu vir o sangue, passarei por vós, não haverá entre vós praga para
vos destruir, quando eu ferir a terra do Egito." (Êxodo 12:13) Conta a
lenda que, na noite do êxodo, um garoto judeu, primogênito de uma família,
estava tão preocupado, no seu leito de enfermo, que não conseguia dormir. Pai
perguntou, ansioso , tem certeza de que o sangue está lá? O pai respondeu que
ordenara que ele fosse aspergido no lintel. Mas o garoto só ficou satisfeito
quando o pai o tomou nos braços e o levou até a porta para ver com seus
próprios olhos. Mas o sangue não estava lá! A ordem não fora cumprida! Antes da
meia-noite, o pai se apressou a botar na porta o símbolo sagrado da proteção. O
sangue do cordeiro aplicado sobre o batente da porta, na noite da libertação de
Israel do Egito, distinguiu os obedientes dos desobedientes. Assim como hoje em
dia o sangue aplicado do Cordeiro de Deus é a marca diferenciada dos evocados
por Deus, a igreja. Charles Haddon Spurgeon comentou sobre Êxodo 12:13: Deus
"não diz quando vires o sangue" passarei por ti, "mas quando eu
o vir". Quando olho para Jesus, sinto alegria e paz, mas, quando Deus olha
para Jesus, é que a minha salvação está assegurada. Cristo, nosso cordeiro
pascal, foi sacrificado por nós (1 Coríntios 5:7). Sofreu supremamente na cruz
em nosso lugar. Da mesma forma que a morte chegou para todos os lares do Egito,
naquela noite terrível, assim a morte está em toda as almas que não estiverem
aspergidas pelo sangue de Cristo.
Atração
Universal
O sangue de
Cristo foi derramado por todos. Quando Jesus serviu a última ceia para Seus
discípulos, pegou o cálice de vinho e disse: "Este é o meu sangue para a
nova aliança, que é derramado por muitos para o perdão dos pecados."
(Mateus 26:28) Muitas das religiões do mundo têm atração para uma determinada
raça ou nacionalidade. Uma religião atrai principalmente o mundo árabe. Outra
atrai principalmente a mente hindu. Ainda uma outra se inclina para a filosofia
oriental. Mas a mensagem da Cruz significa boas novas para toda a humanidade,
para todos que a aceitarem. Ao assestar os povos de toda as raças para Cristo,
clamamos como João Batista: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo!" (João 1:29) Falando de Sua crucificação, o próprio Jesus disse:
"Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos os homens para mim
mesmo." (João 12:32) Por "todos os homens", Ele não queria se
referir a todos os homens sem exceção, pois existem muitos que se recusam a ser
atraídos por Ele. O que Ele queria dizer era todos os homens sem distinção, quer
fosse de classe ou cor ou outra coisa qualquer. O Seu convite para o amor é
para os judeus e os gentios, igualmente. A atração da cruz de Cristo é
universal. Conheci gente de toda raça e origem que confiou nos méritos de Jesus
Cristo e de Seu sangue derramado para a sua salvação. A atração da cruz alcança
os antros de ópio do oriente, salvando e redimindo os homens de um inferno em
vida. Toca os corações dos favelados e donos de coberturas. Penetra nas mansões
da elite, onde homens e mulheres vivem no luxo, trazendo uma paz e uma alegria
que o dinheiro não pode comprar. Transforma o caçador de cabeças num salvador
de almas. Dá aos homens de todas as nações uma vida dinâmica e cheia de
propósito. Quando um financista famoso faleceu, há alguns anos, descobriu-se
que, no ano anterior à sua morte, ele fizera o seu testamento, que consistia em
umas dez mil palavras e 37 cláusulas. A cláusula mais importante no seu
testamento era a sua prioridade na vida. Disse ele: "Entrego a minha alma
nas mãos do meu Salvador, cheio de confiança em que, tendo me redimido e lavado
com o Seu precioso sangue, Ele me apresentará impecável diante do trono de meu
Pai celeste. Roga a meus filhos que mantenham e defendam, diante de qualquer
perigo e a todo o custo pessoal, a abençoada doutrina da completa expiação do
pecado através do sangue de Jesus Cristo que foi oferecido, e tão-somente
através dEle." Este homem sabia que a sua imensa fortuna era tão impotente
quanto a pobreza do mendigo para lhe dar a salvação. Neste aspecto, ele era tão
dependente quanto o ladrão que agonizou no Calvário, dependente da misericórdia
de Deus e do sangue derramado de Cristo, assim como todos nós somos, não
importa qual seja a nossa situação na vida.
Cristo Crucificado um
Exemplo de Sofrimento
O Novo
Testamento, enquanto insiste em que o verdadeiro propósito do sofrimento de
Jesus foi livrar-nos de nossos pecados, também nos mostra que o sofrimento do
Salvador é um modelo para que nós, como Seu povo crente, devemos suportar os
nossos sofrimentos. Assim o apóstolo Pedro, ao se dirigir aos escravos
cristãos, exortou-os a suportar submissamente seus padecimentos, embora nada
tivessem feito de errado: "Para isto fostes chamados, porquanto também
Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas.
Ele não cometeu pecado, nem tampouco foi achado engano na sua boca; sendo
injuriado, não injuriava, padecendo, não ameaçava, mas entregava-se àquele que
julga justamente." (l Pedro 2:21-23) Cristo deixou-nos um exemplo. A
palavra grega usada para exemplo é derivada da vida estudantil e refere-se a um
padrão de escrita a ser copiada pelas crianças que estão aprendendo a escrever.
Cristo é nosso caderno de caligrafia. Olhamos para Ele e aprendemos como se
deve suportar o sofrimento. Na passagem, o apóstolo chama a atenção para quatro
coisas sobre o sofrimento do Salvador. Primeiro, a Sua vida santa: "Não
cometeu nenhum pecado"; segundo, Sua fala sincera: "nenhuma mentira
foi encontrada em sua boca"; terceiro, Seu espírito paciente: "sendo
injuriado, não injuriava, padecendo, não ameaçava"; e quarto, a Sua fé
implícita: "entregava-se àquele que julga justamente."
TEM
CONTINUAÇÃO.
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