A aparência não
importa mais.
Existem templos belíssimos no
Brasil e em qualquer país que vamos, mas não importa o que seus magníficos
letreiros dizem, Deus é "persona non grata" nestes lugares. Por quê?
Porque suas programações, sua dignidade e seu prestígio entre os homens são
mais importantes do que a presença do Criador. Todavia, Deus está começando a
dispensar Sua graça e misericórdia, e aqueles que estão realmente sedentos têm
mudado. Não se importam mais com a aparência ou com o profissionalismo dos programas
feitos pelos homens estão procurando é
Deus. Querem a arca da presença de Deus de volta à Igreja. Talvez você esteja
no mesmo ponto em que hoje me encontro. Já estive em tantos cultos, onde não
havia a presença da "arca". Já suportei tantas canções vazias. Estou
cansado até mesmo de meu próprio ministério! Já preguei tantos sermões, sei que
foram ungidos, mas não conduziram à presença d'Aquele pelo qual todos
esperamos. Talvez eu tenha feito tudo que podia, mas tudo que fiz foi dar ao
povo uma pista de algo imensuravelmente melhor e mais poderoso. Só fiz fumaça
do lado de fora do véu, quando, na verdade, meu desejo era ir além dele e
contemplar a glória do Senhor. Sou grato pela unção, mas agora sei que Deus tem
muito mais para nós Ele mesmo. Lutei e
trabalhei no ministério durante décadas, mas agora descobri que, em meio à
presença de Deus, tudo que faço perde a importância. Quando a presença de Deus
entra em cena, todos crentes e ímpios,
ricos e pobres, sábios e tolos, jovens e velhos todos se prostram diante de Sua
temível glória. Ao invés de ficar buscando a unção, devíamos buscar a
manifestação da presença e da glória de Deus. A unção capacita a carne cantamos
ou pregamos melhor. Mas a "Glória" a consome! Que seja esta a sua
busca: a glória de Deus! Davi lembrou-se do relacionamento íntimo que tinha com
Deus nos campos de seu pai. Lembrou-se do pequeno e frágil pastor de ovelhas
que encarou leões, ursos e até mesmo o guerreiro mais poderoso dos filisteus.
E, muitos anos depois, assim que foi coroado rei de Israel e Judá, Davi deu o
primeiro passo para concretizar seu sonho: "E disse [Davi] a toda a
congregação de Israel: Se bem vos parece, e se vem isso do Senhor, nosso Deus,
enviemos depressa mensageiros a todos os nossos outros irmãos, em todas as
terras de Israel, e aos sacerdotes, e aos levitas com eles nas cidades e nos
seus arredores, para que se reúnam conosco; tornemos a trazer para nós a arca
do nosso Deus; porque nos dias de Saul não nos valemos dela." (1 Crônicas
13.2-3,). Os "Sauls" e a carne não têm se valido da arca. Agradeço a
Deus por aqueles pastores e igrejas que, famintos pela presença do Senhor,
deixam tudo de lado e dizem: "Podemos ter um belo templo, um tabernáculo,
mas precisamos de Deus!" Israel possuía todos os cerimoniais, ornamentos e
prescrições de Deus, mas não O tinham. Os judeus da época de Jesus tinham o tabernáculo,
realizavam todo ritual de sacrifício com perfeição, "cumpriam" com as
obrigações da lei, mantinham o sacerdócio levítico funcionando precisamente mas a arca da aliança não estava lá. Creio que
o véu, ao ser rasgado, também expôs o vazio da religião. Aquele rompimento
revelava que o Santo dos Santos estava vazio (eles não poderiam nem suspeitar
que o véu do "Santo dos Santos" acabara de ser rasgado por um soldado
romano, pois o lugar estava absolutamente vazio). Todas as tarefas eram
executadas do lado de fora do véu, por detrás dele só havia o silêncio do
vazio. Algumas vezes, você precisa admitir que algo está faltando e, então,
empreender a viagem para recuperar a "arca". Os fariseus não
reconheciam falhas, imperfeições ou que algo estivesse faltando. “(Reuniu,
pois, Davi a todo Israel (...) para trazer a arca de Deus de Quiriate-Jearim.
Então, Davi, com todo Israel, subiu (...) para fazer subir dali a arca de Deus,
diante da qual é invocado o nome do Senhor, que se assenta acima dos
querubins." (1 Crônicas 13.5-6.) Nos tempos de Davi, a arca da aliança era
sinal da glória de Deus. E ela ainda se encontrava na casa de Abinadabe, em
Quiriate-Jearim, onde fora deixada pelos israelitas de Bete-Semes, depois do
grande morticínio que houve entre eles. Foram mortos porque se atreveram a
abrir e olhar dentro da arca da presença de Deus, como se ela não passasse de
uma caixa, muito bonita, porém comum. Vinte anos depois, Davi empreendeu uma
peregrinação de vinte e quatro quilômetros, aproximadamente, para recuperar a
glória do Senhor: "Puseram a arca de Deus num carro novo, e a levaram da
casa de Abinadabe, que estava no outeiro; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe,
guiavam o carro novo. Levaram-no com a arca de Deus, da casa de Abinadabe, que
estava no outeiro; e Aiô ia adiante da arca. Davi e toda a casa de Israel alegravam-se
perante o Senhor, com toda sorte de instrumentos de pau de faia, com harpas, com
saltérios, com tamborins, com pandeiros e com címbalos. Quando chegaram à eira
de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus, e a segurou, porque os bois
tropeçaram. Então, a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por
esta irreverência; e morreu ali junto à arca de Deus. Desgostou-se Davi, porque
o Senhor irrompera contra Uzá; e chamou aquele lugar Perez-Uzá, até ao dia de
hoje. Temeu Davi ao Senhor, naquele dia, e disse: Como virá a mim a arca do Senhor?
Não quis Davi retirar para junto de si a arca do Senhor, para a cidade de Davi;
mas a fez levar à casa de Obede-Edom, o geteu." (2 Samuel 6.3-10). Davi e
seus auxiliares estavam tentando lidar com a presença santa e gloriosa de Deus,
usando mãos humanas. Como você lida com a santidade e a glória de Deus? Até
hoje, tudo tem sido feito do "nosso" jeito, e Deus não vai permitir
isto mais. Ouvi alguém dizer que havia uma "pedra no meio do caminho"
por onde deveria passar a caravana de Davi. Quem a colocou no caminho? O próprio
Deus! As pedras no caminho nos forçam a diminuir o passo e perguntar: "É
assim mesmo que se faz?"
A pedra no meio do
caminho.
Os problemas de Davi começaram
quando ele e seus auxiliares tentaram prosseguir após toparem com a "pedra".
O Senhor nunca pretendeu que Sua glória fosse carregada nas costas de
instrumentos, veículos ou programas criados pelo homem. Ele sempre ordenou que
Sua glória fosse transportada por "vasos humanos" santificados,
separados,
vasos que reverenciassem e
respeitassem Sua santidade. Os filhos de Abinadabe passaram vinte anos junto à
arca. Para eles, ela era uma caixa muito bem feita, bonita, mas comum, como
qualquer outra. Provavelmente se sentiram honrados em serem escolhidos para
guiar o carro que levava a arca, mas nenhum daqueles jovens estava preparado e
eles não conheciam as antigas prescrições concernentes à santidade de Deus. A
caravana de Davi encontrou a pedra no meio do caminho, os bois tropeçaram e Uzá
segurou a arca para que não caísse. O nome Uzá significa "força, coragem,
majestade, segurança". A presença de Deus nunca precisou da assistência ou
orientação da força humana. E Deus nunca permitiu (nem permitirá) que o braço
da carne se glorie em Sua presença, sem que experimente a morte. A glória de
Deus abateu a carne que se aproximou "viva" de Sua presença, e Uzá
foi morto instantaneamente. Somente os mortos podem ver a face de Deus, e
somente a carne que passou pelo arrependimento pode tocar Sua glória.
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