O âmago do
problema está no próprio homem, que, desde Adão e Eva, alienou-se de Deus. Se o
homem não tivesse desobedecido a Deus, o sofrimento não existiria no mundo.
Então mais uma coisa está clara. O sofrimento não fazia parte do plano original
de Deus para o homem. Pela sua desobediência proposital à Palavra e ao
mandamento de Deus, o homem trouxe sofrimentos para si mesmo. Ele está colhendo
o que plantou ao longo dos séculos. Porém Deus consegue extrair o bem do mal, e
é este o valor positivo sofrimento. No começo, falamos da aparente tragédia na
vida de Lois Mowday. Ao escutarmos a sua história, não temos dúvida de que Deus
foi ao seu encontro na hora em que ela mais precisava. Como resultado, ela
passou a compreender o significado e o propósito do sofrimento em sua vida.
O
SALVADOR QUE SOFRE
Ele foi
oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao
matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a
boca. ISAÍAS 53:7
NINGUÉM NA
HISTÓRIA sofreu mais do que Jesus Cristo. A culminância do Seu sofrimento foi,
na Cruz do Calvário, o símbolo supremo do sofrimento, tanto físico quanto
espiritual.
O Ponto
de Vista de Deus
Nós, os
humanos, enxergamos a vida do nosso ponto pessoal de tempo e espaço, mas Deus
nos enxerga do Seu trono celestial à luz da eternidade. Vemo-nos como auto-suficientes,
vaidosos e independentes; Deus nos vê como dependentes, egocêntricos e cheios
de auto ilusão. Nossa sabedoria mundana tornou-nos calejados e duros. Nossa
sabedoria natural, segundo os ensinamentos da Escritura, não provém de Deus,
mas é terrena, sensual e diabólica. (Tiago 3:15) Existe uma diferença entre a
sabedoria e o conhecimento. O temor a Deus é o começo da sabedoria. Toda a
verdade vem de Deus, quer seja científica, psicológica, filosófica ou
religiosa. A verdade na Bíblia nos aponta a Cruz de Jesus Cristo. É ali que
encontramos o perdão de nossos pecados e a solução para os dilemas e problemas
com que nos defrontamos, tanto em conjunto quanto individualmente.
A sabedoria
deste mundo, encorajada por Satanás, faz pouco da Cruz. Disse o apóstolo Paulo:
"Pois a palavra da Cruz é uma estultice para os que perecem, mas para nós
que somos salvos é o poder de Deus." (Coríntios 1:18)
É impossível
para o "homem natural" (aquele que não conhece Jesus Cristo como seu
Salvador pessoal) compreender como Deus, na Sua graça e misericórdia, pode
perdoar os pecadores e transformar vidas. Também é impossível para o homem
natural compreender como essas vidas modificadas podem afetar a sociedade. Os
que têm a sabedoria mundana não compreendem os desígnios de Deus. A Bíblia
ensina que a Cruz é uma "ofensa" ou entrave para o descrente. (l
Coríntios 1:23) Quando estou numa reunião de qualquer tipo; posso pregar sobre praticamente
qualquer assunto e a maioria das pessoas o aceitará. Posso falar da injustiça
social e do sofrimento humano e levantar fundos para os pobres, os refugiados
ou pessoas aflitas. Mas proclamar Cristo crucificado é diferente. Embora a Cruz
de Cristo seja o poder de Deus para a salvação, também é uma ofensa para o
mundo e sempre será. Aqui existe uma tensão embora a Cruz afaste, também atrai.
Ela possui uma qualidade magnética. Faz algum tempo estive fazendo um trabalho
missionário. Preguei sobre a Cruz e experimentei, como sempre acontece quando
trato deste assunto, grande liberdade e ousadia de espírito. Alguns dos lideres
estudantis vieram me procurar e pedir para eu repetir o sermão dali a duas
noites. Orei para tomar a minha decisão e resolvi que faria um outro sermão,
que incluía muita pregação sobre o sangue de Cristo. Novamente, senti uma
tremenda liberdade de espírito e, nas duas ocasiões, os resultados em vidas
dedicadas, ao final do culto, foram dos maiores de toda a missão. O Espírito
Santo toma a mensagem da Cruz e faz com que atinja o coração até das plateias
mais sofisticadas e acadêmicas.
O apóstolo
Paulo falou: "Pois a estultice de Deus é mais sábia que a sabedoria do
homem, e a fraqueza de Deus é mais forte que a fortaleza do homem." (l
Coríntios 1:25)
O
Plano de Deus
Deus diz que
não há esperança para o mundo à parte da cruz. Através dos séculos o mundo vem
rejeitando o plano de redenção de Deus. Agora, por causa de rejeição e da
rebelião do homem, ele permanece no limiar do que o ex-primeiro-ministro
Macmillan chamou de "a extinção da civilização por si mesma" (ou
Armagedom). Confuso e hesitante, o homem acha que pode salvar-se por meio de
sua própria sabedoria que de alguma maneira será capaz de escapar desta trilha
que o precipita para a destruição. Deus avisa que esta pervertida sabedoria do
homem o levará a julgamento.
Glorificando na Cruz
A
importância da Cruz tem sido captada por alguns de nossos grandes autores de
hinos. Numa colina sobranceira à baia de Macau, na China, colonos portugueses
certa vez construíram uma imponente catedral. Mas um tufão provou ser mais
forte que o trabalho da mão do homem. Alguns séculos depois, da catedral só
restavam as ruínas, exceto a muralha frontal. Bem no alto desta muralha,
desafiando os elementos através dos anos, permanece uma grande cruz de bronze.
Quando Sir John Bowring viu isto, em 1825, foi levado a escrever estas palavras
agora tão familiares para muitos:
Na cruz de
Cristo eu glorifico,
Muito acima
dos destroços do tempo
Toda a luz
da sagrada história
Reunida em
torno de sua cabeça sublime
Enquanto a
Páscoa se aproxima, a cada ano, consideramos mais uma vez a importância da
morte de Cristo na cruz. Coros e congregações através do mundo cantam:
Quando
observo a maravilhosa cruz,
Na qual o
Príncipe da Glória morreu,
Meu ganho
mais rico vira perda,
E, pobre, eu
desprezo todo o meu orgulho.
Isaac Watts
Quando Jesus
ergueu Sua voz e gritou "Está acabado!", Ele não quis dizer que Sua
vida estava refluindo ou que o plano de Deus tivesse sido derrotado. Embora a
morte estivesse próxima, Ele notou que o obstáculo final fora superado e que o
último inimigo tinha sido destruído. Plena e triunfantemente, Ele completara a
tarefa da redenção do homem. Através de
Seu sofrimento e morte na cruz Ele havia removido a última barreira entre Deus
e o homem. Com as palavras vitoriosas "Está acabado!" (João 19:30),
Ele anunciou que a estrada que conduzia o homem a Deus estava terminada e
aberta ao tráfego. Pouco após Jesus ter proferido aquelas palavras, Sua cabeça
pendeu sobre o peito. Um soldado romano se aproximou, enfiou uma lança em Seu
flanco e saíram sangue e água. Os médicos dizem que uma mistura de sangue e
água indica que Ele morreu de coração partido. Cristo sofreu no mais alto grau.
Ele derramou até a última gota de Seu sangue para nos redimir. Ele não poupou a
Si mesmo. Seu sofrimento na Cruz foi completo. Aqui estava o Filho de Deus
morrendo numa cruz que fora feita para o mais desprezível dos pecadores. O Seu
foi o ato de substituição elevado ao mais alto grau. Jesus Cristo foi o
Cordeiro de Deus que veio livrar-nos do pecado do mundo através de Seu
voluntário sofrimento e morte. Para muitos, a menção do sangue de Cristo é
desagradável. O orgulho deles fica ferido ao pensar que um preço desses teve
que ser pago por sua maldade. Uma profunda reviravolta acontece dentro deles,
quando mencionamos o sangue precioso de Cristo e o Seu supremo sacrifício na
cruz. Para o homem natural, como já ressaltamos, o sofrimento e a morte de
Jesus foram "uma tolice". A mensagem do sangue, da cruz e o trabalho
da redenção ainda são "uma tolice" para as pessoas que querem crer
que o homem pode se salvar por sua própria bondade.
TEM
CONTINUAÇÃO.
FACEBOOK DO EDITOR...
http://facebook.com/JOSEGERALDODEALMEIDA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
FAÇA TEU COMENTARIO OU PEÇA PARA COLOCARMOS O ESTUDO QUE DESEJAS. DEUS VOS ABENÇOE.