sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Ladrão Que Creu em JESUS CRISTO...P/02—18/10/2013



Podes chegar a Ele, quem quer que sejas; este homem o fez. Aqui há um exemplo de alguém que havia chegado ao fundo da culpa, e que o reconheceu; não procurou desculpas, nem buscou um manto para tapar seu pecado; estava nas mãos da justiça, enfrentando sua sentença de morte, e contudo creu em Jesus, e disse uma humilde oração para Ele, e ali mesmo foi salvo. Como é a amostra assim é o todo. Jesus salva a outros do mesmo tipo. Por isso, deixem-me expor de forma muito simples, de maneira que ninguém me interprete mal, nenhum de vocês está excluído da infinita misericórdia de Cristo, por maior que seja a iniquidade de vocês: se crêem em Jesus, Ele os salvará. Este homem não somente era um pecador; era um pecador que apenas havia despertado. Não creio que antes tivesse pensado seriamente no Senhor Jesus. De acordo com os outros evangelistas, parece que se tinha unido com seu companheiro ladrão para zombar de Jesus: se em realidade não utilizou palavras de opróbrio, no mínimo chegou a consentir com elas, de maneira que o evangelista não lhe fez injustiça quando disse, “também os ladrões que estavam crucificados com ele lhe injuriavam da mesma maneira”. Contudo, repentinamente, se desperta a convicção de que o homem que está agonizando ao seu lado é algo mais que um homem. Lê o título sobre a sua cabeça, e acertadamente crê: “Este é Jesus, o rei dos judeus”. Ao crer-lhe assim, fez sua petição ao Messias, que havia encontrado havia pouco tempo, e se encomenda em suas mãos. Querido leitor, vês esta verdade, que no momento em que um homem sabe que Jesus é o Cristo de Deus pode pôr de imediato confiança Nele e ser salvo? Um certo pregador, cujo evangelho era muito duvidoso, dizia: “vocês, que viveram no pecado por cinquenta anos, creem que em um instante podem ser limpos pelo sangue de Jesus?” Respondo: “Sim, certamente cremos que em um instante, por meio do precioso sangue de Jesus, a alma mais suja pode se tornar branca. Certamente cremos que em um simples instante podem ser absolutamente perdoados os pecados de sessenta ou setenta anos, e que a velha natureza, que ia se tornando cada vez pior, pode receber sua ferida de morte em um instante, enquanto a vida eterna pode ser implantada de imediato na alma.” Assim foi com este homem. Havia tocado no fundo, mas em um momento, se despertou a convicção de que o Messias estava junto a ele, e crendo, o viu e viveu. Assim que, meus irmãos, se vocês nunca tiveram uma convicção religiosa em suas vidas, se viveram até agora uma vida totalmente ímpia, ainda assim, se neste exato momento creem que o amado Filho de Deus veio ao mundo para salvar aos homens do pecado, e sinceramente reconhecem seus pecados e confiam Nele, imediatamente serão salvos. Sim, enquanto digo estas palavras, a obra da graça pode ser consumada pelo Ser glorioso que foi ao céu com poder onipotente para salvar. Desejo expor este caso de forma muito simples: este homem que foi o último companheiro de Cristo sobre a terra, era um pecador na miséria. Seus pecados lhe haviam encurralado: agora tinha a recompensa por suas obras. Constantemente encontro pessoas nesta condição: viveram uma vida de libertinagem, excessos e descuidos, e começam a sentir que caem em seus corpos as chamas de fogo da tempestade da ira; vivem em um inferno terreno, um prelúdio da condenação eterna. O remorso como uma áspide os picou, convertendo seu sangue em fogo. Este homem estava neste terrível estado, e mais, estava no extremo. Já não podia viver muito: a crucificação era inevitavelmente fatal; em pouco tempo as pernas lhe romperiam para pôr fim a sua existência infeliz. Ele, pobre alma, não tinha de vida senão um curto espaço do meio-dia ao pôr-do-sol; mas esse era o tempo suficiente para o Salvador, que é poderoso para salvar. Alguns têm muito medo que as pessoas adiem o momento de vir a Cristo se afirmamos isto. Não posso impedir o que os homens de má fé façam com a verdade, mas eu vou proclamá-la de todas as maneiras. Se estão a uma hora de morrer, creiam no Senhor Jesus Cristo, e serão salvos. Se não chegarem jamais a seus lares, porque poderão morrer no caminho, se agora creem no Senhor, serão salvos de imediato. Olhando para Jesus e confiando nele, Ele lhes dará um coração novo e um espírito reto, e tirará a mancha dos vossos pecados. Esta é a glória da graça de Cristo. Como gostaria de enaltecer sua graça com uma linguagem adequada! A última vez que foi visto na terra antes de morrer foi em companhia de um criminoso convicto, a quem falou da maneira mais amorosa. Venham, oh culpados, e Ele os receberá com abundante graça! Mais ainda, este homem a quem Cristo salvou no último momento era um homem que já não podia realizar boas obras. Se a salvação fosse pelas boas obras, não poderia ter sido salvo; posto que estava atado de pés e mãos ao madeiro de seu destino funesto. Tudo havia terminado para ele quanto a qualquer ato ou obra de justiça. Poderia dizer uma ou duas boas palavras, mas isso era tudo; não podia executar nada bom; se sua salvação tivesse dependido de uma vida ativa de serviço, certamente que nunca poderia ter sido salvo. Como pecador que era, não podia exibir um arrependimento duradouro do pecado, pois tinha curtíssimo tempo para viver. Não podia ter experimentado uma amarga convicção de seus atos, que tivesse durado meses e anos, pois seu tempo estava medido em instantes, e estava à beira da sepultura. Seu fim estava muito perto, e contudo, o Salvador o pôde salvar, e o salvou tão perfeitamente que antes do pôr-do-sol, estava no paraíso com Cristo. Este pecador, que não pude descrever com cores demasiadamente escuras, foi um que creu em Jesus, e confessou sua fé. Confiou no Senhor. Jesus era um homem, e assim ele lhe chamou; mas também soube que era o Senhor, e assim lhe chamou e disse: “Senhor, lembra-te de mim”. Tinha tal confiança em Jesus que se tão somente o Senhor pensasse nele, se tãosomente o recordasse quando chegasse ao seu reino, isso seria o que pediria dele. Ah, meus queridos leitores! A inquietude que sinto por alguns de vocês é que sabem tudo acerca do Senhor, e contudo não confiam nele. A confiança é o ato salvador. Há alguns anos estavam no ponto de confiar realmente em Jesus, mas agora seguem tão distantes dele como estavam então. Este homem não titubeou: se agarrou a essa única esperança. Não guardou em sua mente a segurança no Senhor como Messias como uma crença seca, morta, senão que a transformou em confiança e oração, “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. Oh, que muitos de vocês possam confiar neste dia, na infinita misericórdia do Senhor!  Seriam salvos, estou seguro que seriam: se vocês, ao confiarem Nele não são salvos, eu mesmo teria que renunciar a toda esperança. Isto é tudo o que nós temos feito: temos visto, e temos vivido, e continuamos vivendo porque vemos ao Salvador vivente; oh, que esta manhã, ao sentir o pecado, vejam a Jesus, confiando nele, e confessando essa confiança! Reconhecendo que Ele é Senhor para a glória de Deus Pai, vocês devem e serão salvos. Como consequência de ter esta fé que o salvou, este pobre homem disse uma oração humilde porém apropriada, “Senhor, lembra-te de mim”. Isto não parece que seja pedir muito, mas como ele o compreendeu, é tudo o que um coração ansioso poderia desejar. Ao pensar no reino, tinha uma tão clara idéia da glória do Salvador, que sentiu que se o Senhor tão somente pensasse nele, seu estado seria salvo. José na prisão, pediu ao copeiro do rei que se lembrasse dele quando o rei restaurasse seu posto; porém o copeiro o esqueceu. Nosso José nunca esquece um pecador que clama a Ele dentro do mais profundo calabouço; em seu reino recorda os lamentos e queixas dos pobres pecadores oprimidos pelo sentimento de seu pecado. Não podes orar nesta manhã, e desta maneira assegurar-te um lugar na memória do Senhor Jesus? Assim intentei descrever ao homem, e depois de ter feito o melhor que pude, falharei em meu propósito a menos que os faça ver que qualquer coisa que este ladrão tenha sido, não é senão uma descrição do que vocês são. Especialmente se foram grandes pecadores, e se viveram muito tempo sem se preocuparem pelas coisas eternas, são como este malfeitor; e contudo, vocês, sim, vocês, podem fazer o que o ladrão fez; podem crer que Jesus é o Cristo e encomendar suas almas em suas mãos, e Ele os salvará tão seguramente como salvou ao bandido condenado. Jesus com graça abundante disse: “Ao que vem a mim, de maneira alguma o lançarei fora”. Isto significa que se vocês vêm e confiam Nele, não importa o que sejam, Ele, por nenhuma razão, e sob nenhum fundamento, nem circunstância, os lançará fora. Compreendem esse pensamento? Sentem que lhes pertence, e que, se vão a Ele, encontrarão vida eterna? Me regozijo se já percebem esta verdade. Há poucas pessoas que tenham tanto trato com almas abatidas e desesperadas como eu. Pobres rejeitados me escrevem continuamente. Apenas sei o motivo. Não tenho um dom especial para consolar, mas com gosto me inclino a reconfortar aos afligidos, e parece que eles sabem. Que alegria tenho quando vejo a um desalentado que encontrou a paz! Tive esta alegria várias vezes durante a semana que acaba de terminar. Quanto desejo que alguns de vocês, que têm o coração destroçado, porque não podem encontrar perdão, quisessem vir ao meu Senhor, e confiar Nele, e descansar! Ele não disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei”? Venham e o ponham à prova, e o descanso será de vocês.
II. Em segundo lugar,
OBSERVEM QUE ESTE HOMEM FOI O COMPANHEIRO DE NOSSO SENHOR NA PORTA DO PARAÍSO.
Não vou especular quanto ao lugar para onde foi nosso Senhor quando abandonou o corpo que estava pregado na cruz. Por algumas Escrituras parece que desceu ao centro da terra, para que pudesse cumprir todas as coisas. Mas Ele atravessou rapidamente as regiões dos mortos.
                   
               FACEBOOK DO EDITOR

http://facebook.com/JOSEGERALDODEALMEIDA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

FAÇA TEU COMENTARIO OU PEÇA PARA COLOCARMOS O ESTUDO QUE DESEJAS. DEUS VOS ABENÇOE.