terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Ladrão Que Creu em JESUS CRISTO...P/03—22/10/2013

     

Recordem que Ele morreu, talvez uma hora ou duas antes do ladrão, e durante esse tempo a glória eterna brilhou através do mundo subterrâneo, e estava fulgurando através das portas do paraíso justo quando o ladrão perdoado entrava no mundo eterno. Quem é este que entra pela porta de pérolas ao mesmo tempo que o Rei da glória? Quem é este favorecido companheiro pelo Redentor? É um mártir digno de honra? É um fiel apóstolo? É um patriarca, como Abraão; ou um príncipe, como Davi? Não, nenhum deles. Vejam, e assombrem-se com a graça soberana! O que entra pela porta do paraíso, com o Rei da glória, é um ladrão, que foi salvo em um decreto de morte. Não é salvo de uma maneira inferior, nem é recebido na beatitude de um modo secundário. Verdadeiramente, há últimos que serão primeiros! Aqui gostaria que notassem a condescendência da eleição de nosso Senhor. O camarada do Senhor da glória, por quem o querubim deixa des lado sua espada de fogo, não é uma grande pessoa, senão um malfeitor recentemente convertido. E por quê? Penso que o Salvador o tomou com Ele como um exemplo do que Ele queria realizar. Parecia dizer a todos os poderes celestiais: “Trago um pecador comigo; é uma amostra do restante”. Vocês não ouviram daquele que sonhou que estava em frente das portas do céu e enquanto estava ali, ouviu uma música doce de um grupo de veneráveis pessoas que seguiam seu caminho até a glória? Entraram pelas portas celestiais, e houve grande regozijo e exclamações. Ao perguntar: “quem são estes?”, lhe foi dito que eles eram a boa companhia dos profetas. Suspirou e disse: “Ai! Não sou um deles”. Esperou um pouco, e outro grupo de seres brilhantes se aproximou, e adentraram ao céu com aleluias, e quando perguntou: “Quem são estes e de onde vêm?”, a resposta foi: “Este é o glorioso grupo dos apóstolos”. Outra vez suspirou e disse: “Não posso entrar com eles”. Então veio outro grupo de homens com túnicas brancas e levando palmas em suas mãos, esses homens andaram em meio de grandes aclamações dentro da cidade dourada. Soube então que era o nobre exército dos mártires; e outra vez chorou, e disse: “não posso entrar com estes”. Ao final ouviu as vozes de muita gente, e viu uma multidão maior que avançava, entre os quais percebeu a Raabe e Maria Madalena, Davi e Pedro, Manassés e Saulo de Tarso, e observou especialmente ao ladrão, o que morreu à destra de Jesus. E foram se aproximando das portas celestiais. Então ansiosamente perguntou: “quem são estes?” E lhe responderam: “esta é a hoste de pecadores salvos pela graça”. Então se pôs extremamente contente, e disse: “eu posso entrar com estes”. Ainda que pensou que não haveria aclamações quando esta multidão chegasse ante as portas e que entrariam no céu sem cânticos; contudo, pareceu que se levantava um louvor sete vezes maior com aleluias para o Senhor do amor; porque há alegria entre os anjos de Deus pelos pecadores que se arrependem. Eu convido a qualquer pobre alma que não aspira servir a Cristo, nem sofrer por Ele todavia, que no entanto, venha à companhia de Jesus com outros pecadores crentes, pois Ele nos abre uma porta diante de nós. Enquanto analisamos este texto, observem bem o bendito lugar ao qual o Senhor chamou a este penitente. Jesus disse: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Paraíso significa jardim, um jardim cheio de deleites. O jardim do Éden é o tipo do céu. Sabemos que paraíso significa céu, pois o apóstolo nos fala de um homem que foi arrebatado ao paraíso, e em seguida lhe chama o terceiro céu. Nosso Salvador levou este ladrão agonizante ao paraíso de deleite infinito, e é para ai onde levará a todos nós, pecadores que cremos nele. Se confiarmos nele, ao final estaremos com Ele no paraíso.  A seguinte palavra é ainda melhor. Notem a glória da sociedade na qual é introduzido este pecador: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Sim o Senhor disse, “Hoje estarás comigo,” não necessitamos que se agregue outra palavra; porque onde Ele está, é o céu para nós. Agregou a palavra “paraíso” para que ninguém se perguntasse para onde iria. Pensa nele, alma desprovida de graça; vais a habitar com o Todo Desejável para sempre. Vocês, pobres e necessitados, estarão com Ele em sua glória, em sua felicidade, em sua perfeição. Onde Ele está, e como Ele é, ai estarão e serão vocês. O Senhor olha  para os seus olhos chorosos, e diz: “Pobre pecador, tu estarás comigo um dia”. Penso ouvi-los dizer: “Senhor, essa é uma felicidade demasiadamente grande para um pecador como eu”; porém responde: “Te amei com um amor eterno, por conseguinte com misericórdia vou te atrair a mim, até que estejas onde eu estou”. A ênfase do texto está na rapidez de tudo isto. “Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso”. “Hoje”. Não permanecerás no purgatório por gerações, nem dormirás no limbo por tantos anos; senão que estarás pronto de imediato para a alegria, e de imediato irá desfrutá-la. O pecador já estava quase ante às portas do inferno, mas a misericórdia todo poderosa o levantou, e o Senhor disse, “Hoje estarás comigo no paraíso”. Que mudança da cruz à coroa, da angústia do Calvário à glória da Nova Jerusalém! Nessas poucas horas o mendigo foi levado do esterco e foi posto entre príncipes. “Hoje estarás comigo no paraíso”. Podem medir a mudança desse pecador, abominável em sua iniquidade quando o sol estava no alto do meio-dia, a esse mesmo pecador, vestido de branco puro, e aceito no Amado, no paraíso de Deus, ao pôr-do-sol? Oh, Salvador glorioso, que maravilhas podes fazer! Quão rapidamente podes realizá-las! Por favor, estejam advertidos também, sobre a majestade da graça do Senhor neste texto. O Salvador lhe disse? “em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso”. Nosso Senhor dá sua própria vontade como razão para salvar este homem. “Te digo”. O disse quem reclama o direito de falar assim. É Ele quem terá misericórdia de quem Ele quiser ter misericórdia, e terá compaixão de quem Ele quiser ter compaixão. Fala com majestade, “Em verdade te digo”. Acaso não são palavras imperiais? O Senhor é um Rei em cuja palavra há poder. O que Ele diz ninguém pode contradizer. Ele, que tem as chaves do inferno e da morte te diz, “Te digo, hoje estarás comigo no paraíso”. Quem impedirá o cumprimento de Sua Palavra? Vejam a certeza disto. Diz: “em verdade”. Nosso bendito Senhor na cruz retomou sua antiga maneira majestosa, quando dolorosamente volveu sua cabeça, e viu ao seu ladrão convertido. Ele sempre inicia sua prédica com, “Em verdade, em verdade”; e agora que está agonizando utiliza sua maneira favorita, e diz, “Em verdade”. Nosso Senhor não jurava; sua mais forte asseveração era, “Em verdade, em verdade”. Para dar ao penitente a mais simples segurança, disse, “Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso”. Nisto tinha uma segurança absolutamente indisputável que ainda que tivesse que morrer, contudo viveria e se encontraria no paraíso com seu Senhor. Desta maneira lhes mostrei que nosso Senhor passou pela porta de pérolas em companhia de um a quem Ele mesmo havia garantido a entrada. Por que você e eu não haveríamos de passar através dessa porta de pérolas a seu devido tempo, vestidos com Seu mérito, lavados em Seu sangue, descansando em Seu poder? Em um destes dias os anjos dirão de ti e de mim, “Quem é este que vem do deserto apoiando-se no Amado?” Os luminosos se assombrarão ao ver a alguns de nós indo. Se viveste uma vida de pecado até agora, e contudo te arrependes e entras no céu, que assombro haverá em cada rua dourada ao pensar que chegaste ali! Nos primeiros anos da Igreja Cristã, Caio Mário Vitorino  se converteu; porém havia alcançado uma idade tão avançada, e havia sido um tão grande pecador, que o pastor e a igreja duvidaram dele. Deu contudo uma clara prova de haver experimentado a transformação divina, e então houve grandes aclamações e muitos gritos de “Vitorino se converteu em cristão!” Oh, que alguns de vocês grandes pecadores possam ser salvos! Com quanto gosto me regozijaria por vocês! Por que não? Não seria para a glória de Deus? A salvação deste convicto assaltante de caminhos fez nosso Senhor ilustre por Sua misericórdia ainda neste dia; Não faria o mesmo caso de vocês? Não exclamariam os santos: “Aleluia! Aleluia!”, se ouvissem que alguns de vocês saíram da escuridão para a luz admirável? Por que não seria assim?  Creiam em Jesus e assim será.
III. Agora chego a meu terceiro e mais prático ponto:
NOTEM DE TUDO ISTO, O SERMÃO DO SENHOR PARA NÓS.
O demônio quer pregar um pouco. Sim, Satanás pede para passar à frente e pregar-lhes; mas não se pode permitir-lhe. Vai-te enganador! Contudo não me assombraria se ele se aproximasse de alguns de vós quando termine o sermão, e lhes diga em voz baixa: “Vejam que podem ser salvos no último momento. Adiem o arrependimento e a fé; podem ser perdoados em seu leito de morte”. Senhores, vocês sabem quem
é o que quer arruinar-vos com esta sugestão. Aborreçam seu ensino enganador. Não sejam ingratos porque Deus é bondoso. Não provoquem ao Senhor porque é paciente. Uma conduta assim seria indigna e ingrata. Não corram um risco terrível simplesmente porque alguém escapou ao perigo tremendo.
                   
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