terça-feira, 15 de outubro de 2013

JESUS CRISTO NÃO MORREU ELE ESTA VIVO—P/03—15/10/2013

          
                      JESUS CRISTO NÃO MORREU

O fato de que nosso Senhor ressuscitou contêm, não somente esses consoladores elementos em referência a Ele, mas sim que temos de recordar que é uma garantia de nossa própria ressurreição, para cada um dos que cremos Nele. Na primeira epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo faz que todo o argumento a favor da ressurreição do corpo esteja baseado nessa única pergunta: Cristo ressuscitou dos mortos? Se ressuscitou, então todo Seu povo há de ressuscitar com Ele. Ele era um representante, e como Senhor Salvador ressuscitou, todos Seus seguidores haverão de fazê-lo. Se resolvem a pergunta de se Cristo ressuscitou, terão resolvido a pergunta de se todos que estão Nele, e foram conformados a Sua imagem, também devem ressuscitar. Quanto a nós, é verdade que os que somos crentes em Jesus, se morremos e somos depositados na tumba, seremos comidos pelos vermes: regressaremos à mãe terra e nos converteremos em pó. Por minha parte, eu jamais envolveria o corpo em chumbo, nem faria nada que impedisse que se desfizesse rapidamente no pó do qual veio. Parece que é sumamente apropriado e santo deixar que se desfaça e volte a ser o pó original. Mas aqui está o tema designado. Não importa o que aconteça com esse pó, nem através de quais transições ele passe. É verdade que as raízes das árvores poderiam sugar dessa mistura; é verdade que se pode converter em pasto e em flores para alimentar aos animais: os ventos poderiam transportá-los a milhares de kilômetros de distância, separando assim todos seus átomos: um osso poderia ser separado dos demais; mas, tão certo como o Senhor ressuscitou, nós ressuscitaremos também. Não dizemos que cada partícula real dessa carne ressuscitará: não é necessário para a identidade do corpo que deva ser assim; mas o corpo será idêntico, e o mesmíssimo corpo que é semeado na terra ressuscitará novamente da terra, e com uma beleza e glória da que pouco sabemos todavia, podem estar seguros disso. O corpo do amado filho de Deus, que despediste faz alguns anos, ressuscitará outra vez. Esses olhos que você fechou  esses mesmíssimos olhos  verão ao Rei em Sua formosura na terra distante. Esses ouvidos que não podiam lhe ouvir quando sussurrava as últimas carinhosas palavras, esses ouvidos ouvirão as eternas melodias. Esse coração que ficou tão frio e inerte como a pedra, quando a morte colocou sua gelada mão sobre ele, baterá de novo com novidade de vida, e saltará de alegria em meio das festividades da entrada ao lar, quando Cristo, o Esposo, se despoje com sua Igreja, a esposa. Esse mesmíssimo corpo! Não era o templo do Espírito Santo? Não foi redimido com sangue? Certamente ressuscitará quando as trombetas do arcanjo e a voz de Deus soem! Pode estar certo disso; pode estar seguro disso, quanto a seu amigo e a você mesmo. E não tenha medo à morte. Que é a morte? A tumba não é mais que um banho no que nosso corpo, se imerge em especiarias para ficar doce e fresco para o abraço do glorioso Rei na imortalidade. Não é senão o armário onde guardou seu vestido durante um tempo. Sairá limpo e purificado, com muitas lantejoulas de ouro nele, que não estavam ali antes. Era um vestido de trabalho quando nos desvestimos; será um vestido de domingo quando o coloquemos, e será apropriado para vesti-lo no domingo. Inclusive poderíamos anelar a noite para nos trocarmos, e assim poder despertar para vestir essas roupas na presença do Rei. Ademais  para não demorarmos muito em um só pensamento  devemos lembrar que o fato de que nosso Senhor não está aqui, mas que ressuscitou, contêm um pensamento consolador: que se foi para onde pode proteger melhor a nossos interesses. Ele é nosso advogado. Onde haveria de estar o advogado senão na corte do Rei? Ele está preparando-nos um lugar. Onde deveria estar Aquele que nos prepara um lugar, senão lá: preparando-lhe? Nós temos um adversário muito ativo, que está ocupado em nos acusar. Não é bom que contemos com Alguém que pode enfrentar-lhe cara a cara, e silenciar o acusador dos irmãos? Sou do parecer que se Cristo estivesse aqui, nesse preciso momento, em pessoa, estaríamos inclinados e dizer-lhe: “Bom Senhor, tu pode servir-nos bem aqui. Tuas andanças para sarar aos enfermos e ensinar aos ignorantes, são muito benditas; e nos encanta vê-lo; a visão de Teu rosto converte a terra em céu; no entanto, nossos grandes interesses demandam Tua ausência; pois, bom Senhor, nossas orações requerem de alguém as apresente diante o trono. Conforme uma por uma de nossas orações se elevam ao céu, não queríamos que estivesse aqui enquanto as enviamos a um lugar no que não estás. Ademais, quiséramos que estes ali onde o inimigo se apresenta para nos acusar, para que nos defendas; e como nossa melhor herança está no alto, necessitamos de um tutor que a preserve para nós. Bom Senhor, é conveniente que Tu te vás”. Não temos que dizer-lhe isso, pois se foi; e se alguma vez o Cristo foi de duplo valor, se alguma vez a vantagem de Sua posição acrescentou o valor de Seus serviços, é agora em que está no céu. Ele seria precioso aqui, mas é mais precioso lá. Está fazendo mais por nós no céu, do que lhe seria possível fazer por nós aqui abaixo, até onde nossa inteligência finita pode julgar, e tão certamente como Sua infinita sabedoria pronuncia. Enquanto tanto Sua ausência é bem compensada pela presença de Seu próprio Espírito; e Sua presença lá está bem consagrada por Sua administração pessoal do serviço sagrado em nosso favor. Tudo está bem no céu, pois Jesus está lá. A coroa está assegurada, e a harpa também, e a herança bendita de cada tribo de Israel está toda assegurada, pois Cristo está guardando tudo. Ele é, para glória de Deus, o representante e preservador de Seus santos. E, por acaso essa verdade: que Cristo não está aqui, mas sim que se foi, não cai em nossos ouvidos como uma doce força na medida que nos constrange a sentir que essa é a razão de por que nosso coração não deve estar aqui? “Não está aqui”: então nosso coração não deve estar aqui. Quando o texto “não está aqui” foi dito pela primeira vez, queria dizer que não estava no sepulcro. Ele estava então em algum lugar da terra. Porem, agora não está aqui de todo. Suponha que você é muito rico, e que Satanás lhe sussurra: “Esses são jardins deleitáveis; essa é uma nobre mansão; desfruta-lhes”: responda a ele: “Porem Ele não está aqui; Ele não está aqui, ressuscitou, portanto, não me atrevo por meu coração onde meu Senhor não está.” Ou suponha que sua família o faz muito feliz, e quando seus pequeninos se aglomeram a seu redor, e se sentam em torno de sua lareira, seu coração está muito feliz; e ainda que não possui muitos bens desse mundo, no entanto, tem o suficiente, e sua mente está satisfeita. Bem, se Satanás lhe dissesse: “Deves estar muito satisfeito, e encontrar seu repouso aqui,” diga ao Demônio: “Não, Ele não está aqui; e não posso sentir que esse seja o lugar de minha habitação. Meu Espírito pode descansar unicamente ali onde Jesus está.”E, você está apenas começando sua vida? Acaba de passar o dia de seu casamento? Está começando apenas agora os jubilosos dias da juventude, o doce encanto do mais puro gozo dessa vida? Bem, deleite-se nisso, mas ainda assim se recorde que Ele não está aqui, portanto, você não tem o direito de dizer “Alma, repouse!” Cristo não está em nenhum lado da terra, portanto, nosso coração não pode construir um ninho em nenhum lado da terra. Não está em nenhuma parte, não, nem nos lugares altos, nem nos tranquilos lugares de repouso; não está no jardim das nogueiras, nem nas eiras das especiarias, não está nas tendas de Cedar, nem entre as cortinas de Salomão; nem sequer em Sua mesa sacramental, nem entre os meios de graça, está Cristo corporalmente, realmente presente. Assim que tomaremos a doçura de tudo, e o bem espiritual que poderia ter em todos os meios externos; porem, ainda assim, todos nos sinalizarão até o alto, todos eles nos afastarão. Assim como o sol evapora o orvalho, e o atrai para acima, até o céu, assim Cristo nos atrairá e trará nossos corações e nossos pensamentos até o alto, e nossos desejos, e todos nossos espíritos, até cima, até Ele mesmo! “Não está mais aqui”; então, por que eu deveria estar aqui? Oh, elevese, alma minha; eleve-se, e que todo o doce incenso se eleve até Aquele que “Não está aqui, pois ressuscitou”!
II. Devo abandonar esse ponto, e passar a falar em poucas palavras sobre o segundo ponto, que consiste em
UM CONVITE.
“Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.”Amados, não se trata de que irei levar-lhes ao sepulcro de José de Arimatéia. Não falarei muito sobre isso. Penso que bastará qualquer tumba para identificar o mesmo ensino sagrado. Essa tarde, quando estava junto ao sepulcro aberto no cemitério, senti como se tivesse ouvido uma voz: “Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia”. Não nos deve importar muito qual é o lugar preciso. Ele jazia no sepulcro: esse é um feito proeminente que nos prega um sermão cheio de substância. Qualquer tumba pode servir a nosso propósito. No pequeno povoado, me dei conta da tumba de Cristo da maneira mais vívida, em um sítio que tinha sido construído para peregrinos católicos. Eu estava no alto de um cemitério. E vi escritas sobre uma parede essas palavras: “Havia um jardim”. Estavam escritas em Latim, Abri a porta desse jardim. Era como qualquer jardim; mas no momento de entrar vi uma mão, que tinha escritas essas palavras: “e num jardim um sepulcro novo.” Logo vi uma tumba que estava recém pintada, e quando me aproximei ela, li essa inscrição: “Um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido colocado.” Então cheguei para olhar dentro do sepulcro, e li outra inscrição escrita em latim: “Baixando-se a olhar, viu... mas não entrou.” E essas palavras estavam escritas: “Vinde, vede o lugar onde jazia o Senhor.” Entrei e vi, esculpido sobre a pedra, o sudário e os lenços colocados ali. Estava completamente só, e li as palavras: “Não está aqui, pois já ressuscitou,” esculpidas no fundo do sepulcro. Ainda que temia qualquer coisas cênica, dramática e papal, no entanto, certamente, percebi em grande medida da realidade da cena, e essa tarde a vivi de novo, quando estava diante do sepulcro aberto. Eu senti que Jesus Cristo foi realmente enterrado, que foi realmente depositado na terra, e que saiu realmente dali, e que é bom que nós vamos e vejamos o lugar no que Jesus foi posto.
                             
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