segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

UM PLANO DE SALVAÇÃO...P/17..01/12/2014

             

                   Estêvão, o Primeiro Mártir

Como pode uma bênção advir de um assassinato? Estêvão foi outro personagem do Novo Testamento que sofreu e morreu pela causa de Cristo, e o seu martírio resultou em progresso para o Evangelho.
Estêvão foi escolhido dentre os primeiros dos discípulos em Jerusalém para cumprir a tarefa de diácono. No seu ministério, assim como no dos próprios apóstolos, "divulgava-se a palavra de Deus, e se multiplicava muito o número dos discípulos em Jerusalém; também muitos dos sacerdotes obedeciam à fé." (Atos 6:7) Estêvão era "um homem cheio da graça e poder de Deus", cujo testemunho logo começou a fazer efeito. Como resultado, começou a enfrentar oposição. Qualquer pessoa que assuma audaciosamente o Senhor Jesus Cristo encontrará uma forte resistência. "Disputavam, com Estêvão; e não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito pelo qual ele falava." (Atos 6:9, 10) O resultado de tudo isso foi que os líderes religiosos instigaram o povo a levar Estêvão para ser julgado pelo Conselho. Testemunhas mentirosas lhe lançaram acusações falsas e ele foi sentenciado á morte por apedrejamento.
Quando estava morrendo, Estêvão ergueu os olhos e declarou que via Jesus à mão direita de Deus. Isso enfureceu a turba de tal modo que apedrejaram Estêvão com mais violência ainda. "Apedrejavam a Estêvão que invocava o senhor e dizia: 'Senhor Jesus, recebe o meu espírito.' Ele, ajoelhando-se, clamou em alta voz: 'Senhor, não lhes imputes este pecado.' Tendo dito isto, adormeceu." (Atos 7:59, 60)
Temos algo de interessante a acrescentar a esta história. Um homem chamado Saulo viu acontecer esse assassinato sangrento. Tornar-se-ia mais tarde, é claro, o apóstolo Paulo. Creio que a conduta de Estêvão durante o seu julgamento, seu sermão emocionante, e o seu martírio corajoso, podem ter sido os fatores que depois influenciaram Saulo a se voltar, ele mesmo, para Cristo.

            Jó: Não É um Santo das Horas Boas

Dos muitos santos sofredores do Antigo Testamento, dois se destacaram para mim: um deles é quase uma ilustração clássica do sofrimento. É comum falarmos em "paciência de Jó" e com isso estamos nos referindo à maneira paciente como suportou o sofrimento cruciante que foi exortado a experimentar. A sua atitude triunfante é ainda mais espantosa quando nos damos conta do que aconteceu a ele. O seu sofrimento era mais do que simplesmente físico:
1.      Ele perdeu a saúde;
2.      Perdeu a fortuna;
3.      Perdeu os filhos.
Jó ficou reduzido a sentar-se em meio aos escombros da sua vida, antes próspera. E depois da perda de tudo que valia a pena na sua vida, ele ainda pôde dizer: "Eis que me matará; não esperarei. Contudo, defenderei os meus caminhos diante dele." (Jó 13:15) Mais tarde, fez essa declaração impressionante: "Sei porém que o meu Redentor vive, e o que vem depois de mim se levantará em pé sobre o pó." (Jó 19:25) Tais palavras saíram da boca de um homem esmagado mental e fisicamente pelo sofrimento que suportara nas mãos de Satanás. Depois dos piores de seus padecimentos, a sua mulher lhe disse: Conservas tu ainda a tua integridade? Renuncia a Deus e morre. A despeito dessas palavras fortes, Jó replicou: Estás falando como fala uma mulher tola. Quê? Receberemos o bem da mão de Deus, e não receberemos o mal?
Continuamos lendo a Bíblia, e vemos que, "em tudo isso, não pecou Jó com os seus lábios." (Jó 2:9,10) Jó não era perfeito. Repare que a Bíblia diz que ele não pecou "com os seus lábios"! Todavia, ele é um modelo impressionante para seguirmos em nossa atitude para com o sofrimento.
A despeito de suas dificuldades, podia dizer: "DEUS deu, e DEUS tirou; bendito seja o nome de DEUS." (Jó 1:21) O Livro de Jó não resolve o problema do sofrimento, mas ensina lições valiosas. Primeiro, torna claro que os inocentes sofrem juntamente com os culpados, e que a virtude nem sempre é recompensada aqui na terra. Os sofrimentos de Jó eram imerecidos. Ele rejeitou as acusações de seus três amigos e manteve a sua integridade. Deus tampouco o acusou de ter agido mal.
Depois, a história nos ajuda a distinguir entre o sofrimento de retribuição e o disciplinar. Deus não estava punindo Jó, mas sim testando a sua fé e apurando o seu caráter. Jó saiu da sua provação um homem melhor e mais sábio. A história de Jó tem uma conclusão gloriosa. Você pode achá-la no capítulo 42 de Jó, mas eis aqui os pontos altos: Depois que Jó orou por seus amigos (aqueles que o difamaram durante a sua provação), o Senhor o tornou próspero de novo e deu-lhe o dobro do que possuía antes. Todos os seus irmãos e irmãs... confortaram-no e consolaram-no pelos padecimentos que o Senhor lhe enviara... O Senhor abençoou a última parte da vida de Jó mais do que a primeira. (vv.10-12) Que testemunho é Jó da fidelidade máxima de Deus a Seus próprios filhos! No seu livro Where Is God When It Hurts? (Onde está Deus quando dói?), escreve Phillip Yancey: "Satanás provocara Deus com a acusação de que os humanos não são verdadeiramente livres, porque Deus reforçara as recompensas de Jó para que ele escolhesse a Seu favor. Será que Jó era fiel porque Deus lhe concedera uma vida tão próspera? O teste provou que não. Jó é um exemplo eterno daquele que se manteve fiel a Deus, embora o seu mundo tenha desabado e parecesse que o próprio Deus se voltara contra ele. Jó se apegou à justiça de Deus quando, aparentemente, era o melhor exemplo na história de uma pretensa injustiça de Deus. Ele não buscou o Doador por causa de seus dons; quando todos os dons foram retirados, ele ainda buscava o Doador."

                          Da Prisão ao Palácio

Existe um outro personagem do Antigo Testamento que nos oferece uma ilustração do sofrimento: José. Seus irmãos tramaram a sua morte e o venderam como escravo. Ainda criança foi separado de sua família e mandado para um país estranho. Quando era rapaz, foi acusado falsamente de tentar seduzir a mulher de seu senhor, e, como conseqüência, foi lançado à prisão. Esses acontecimentos eram o bastante para levar qualquer homem ao desespero. Disse alguém: "Deus não usa ninguém além dos seus limites, a não ser depois que o tenha feito em pedaços." José passou por mais tristezas do que todos os filhos de Jacó, no entanto, foi fiel. A sua fidelidade no sofrimento levou-o a ser o primeiro-ministro do Egito. Como resultado de sua posição e poder, conseguiu salvar a sua família da fome. Por este motivo, disse dele o Espírito Santo: "José é um ramo frutífero, um ramo frutífero junto à fonte; e seus raminhos se estendem sobre o muro." (Gên.49:22) É preciso o sofrimento para ampliar a alma.
                 
            O Sofrimento em Nosso Mundo Moderno

É interminável a lista dos que sofreram por Cristo, desde os dias da primeira igreja. Lemos histórias tanto de católicos quanto de protestantes que, em séculos passados, padeceram terrivelmente por lealdade à sua fé. A maioria desses valentes cristãos morreu sob tortura e foi submetida a tratamentos desumanos que vão além da imaginação. Mas não é preciso irmos muito longe na História. O século XX foi testemunha de alguns dos exemplos mais espantosos de sofrimento em massa na história da raça humana. Milhões sofreram e morreram em duas catastróficas guerras mundiais, com milhões mais perecendo em diversas outras guerras e revoluções. Vários anos atrás visitei o notório campo de concentração nazista em Auschwitz, onde vários milhões de pessoas (tanto judeus quanto gentios) foram impiedosamente chacinados. Nem consigo descrever o horror e a revulsão que me dominaram enquanto caminhava por aquele terrível monumento à desumanidade do homem para com o homem.
Além disso, o nosso século tem testemunhado, repetidamente, cenas incríveis de fome e inanição em massa em muitas partes do mundo.
Nenhum cristão sincero pode ficar indiferente a acontecimentos tão trágicos. A sina desesperada dos pobres e famintos, a tolerância de tantos para com a injustiça social e econômica, o aumento descabido de armas de destruição em massa estes e inúmeros outros problemas demonstram vividamente que vivemos num mundo em que a maldade e o sofrimento não apenas são reais, como crescem a cada momento. Esses problemas também desafiam todos os cristãos a orar e trabalhar para mitigar o sofrimento e a combater as causas desses problemas, sempre que possível. Como cristãos, sabemos que todo o sofrimento e a maldade jamais serão eliminados de nosso mundo antes do retorno de Cristo. Mas também sabemos que Cristo ordena que façamos tudo o que for possível para demonstrar o Seu amor por todos aqueles que sofrem. Devemos lutar contra o mal e a injustiça e trabalhar em nome de Cristo pelo bem dos outros. Porém, o sofrimento afeta todos os tipos e classes de indivíduos, todos os dias. Podemos encontrar à nossa volta o sofrimento sob dezenas de formas. Basta ir aos cortiços de Nova York, aos hospitais de qualquer cidade, ou aos lares tragicamente desfeitos. Converse com os milhões de crianças que estão vivendo com apenas um dos pais, ou sem nenhum dos dois. Converse com as dezenas de milhares de pacientes que foram avisados que estão com câncer ou moléstias cardíacas. Converse com as vítimas de assaltos, estupros e outros crimes que ocorrem diariamente em quase todas as cidades. Vá às prisões e fale com os prisioneiros que estão pagando o preço amargo por seus erros. Converse com os pastores que estão de coração partido porque os membros de sua congregação professam uma coisa e vivem outra. O mundo todo está pedindo socorro.
TEM CONTINUAÇÃO.
                                        FACEBOOK DO EDITOR...

                     http://facebook.com/JOSEGERALDODEALMEIDA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

FAÇA TEU COMENTARIO OU PEÇA PARA COLOCARMOS O ESTUDO QUE DESEJAS. DEUS VOS ABENÇOE.