quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO...P/03—11/09/2013



          III Agora, em terceiro lugar,
 NESSA AÇÃO HOUVE UMA TOTAL ENTREGA DE SI.
No caso do filho pródigo, sua orgulhosa independência e sua obstinação haviam desaparecido. Em outros dias exigiu sua herança, e resolveu gastá-la como ele queria, mas agora estava disposto de ser tratado ao nível de um empregado; já experimentou o suficiente sendo seu próprio senhor, e está cansado da distância que o separa de Deus, sempre estabelecida pela obstinação. Anela assumir o verdadeiro lugar de um filho, ou seja, da dependência e da amorosa submissão. O pior mal de todos foi ter se distanciado de seu Pai, e agora se dá conta assim é. Sua maior preocupação é remover essa distância através de uma humilde volta, pois sente que todos os outros malem chegarão ao fim. Ele abre mão de sua apreciada liberdade, a ostentosa independência, sua liberdade para pensar e dizer qualquer coisa que talvez queira e anela submeter-se ao amoroso governo e à sábia guia. Pecador, está pronto para isso? Se for assim, venha e seja bem-vindo! Seu pai anela por ter você em Seus braços! O filho pródigo renunciou a toda sua ideia de justificação própria, pois disse: “Pequei” Antes ele tinha dito: “Tenho o direito de fazer o que quero com o que é meu. Quem determinará como gastarei meu próprio dinheiro? E se eu semeio algumas sementes de aveia, não importa, pois todo jovem faz isso também. Eu pelo menos fui muito generoso, ninguém pode dizer que sou mesquinho. Não sou nenhum hipócrita. Olhem seus crentes hipócritas, comoenganam as pessoas! Não há nada disso em mim, garanto; sou um homem sincero no mundo; e depois de tudo, sou de uma disposição muito melhor que de meu irmão maior, ainda que ele pretenda ser um tipo de homem bom”. Mas agora o filho pródigo não se vangloria mais. Nem uma sílaba de adoração a si mesmo sai de seus lábios; tristemente confessou: “Pequei contra o céu e perante ti”Pecador, se querer ser salvo, você também deve descer de seus lugares altos e reconhecer sua iniqüidade. Confessa que você atuou mal, e não tente atenuar sua ofensa. Não ofereça apologias e nem apresente seu caso melhor do que é, mas humildemente, se confesse culpado e deixe sua alma nas mãos de Jesus. Dessas duas coisas: pecar ou negar o pecado, provavelmente, negar o pecado seja a pior das duas, pois mostra um coração mais escuro. Homem, reconheça sua falta e diga a seu Pai Celeste que se não fosse por Sua misericórdia, você estaria no inferno, e que como estão as coisas, merece abundantemente estar lá agora. Enegreça seu caso, se puder  digo isso porque sei que não podes enegrecê-lo em excesso. Quando um homem está no hospital, não adianta nada fingir que está melhor do que está; nesse caso ele não receberá maior atenção médica, pois quanto pior é seu caso, mais provável que o médico te dê uma atenção maior. Oh, pecador, ponha diante de Deus suas chagas, suas chagas apodrecidas do pecado, as horríveis úlceras de sua profunda depravação  e clame: “O, Senhor, tenha misericórdia de mim!” Esse é o caminho da sabedoria. Acabe com o orgulho e com a justiça própria, e apela à piedade imerecida do Senhor, e assim prosperará. Observem que o filho pródigo se entregou tão plenamente que reconheceu que o amor de seu pai para com ele fazia mais grave sua culpa. Entendo que quis dizer isso quando declarou: “Pai, pequei (...)”. Isso adiciona uma ênfase a “Eu pequei”, quando essa confissão segue a palavra “Pai”. “Deus bondoso, quebrantei Suas boas leis. Deus amoroso, terno e misericordioso, contra ti, descarada e perversamente, fiz o mal. Tu tens sido um Pai muito amoroso para mim, e eu tenho sido um traidor desavergonhado e pouco generoso para contigo, rebelando-me sem causa. Confesso isso franca e humildemente, e com muitas lágrimas. Ah! Tivesse o Senhor sido um tirano, teria extraído alguma apologia de Sua severidade, mas o Senhor tem sido um Pai, e isso torna pior o fato de que eu tenha pecado contra Ti”. É doce ouvir uma confissão dessa natureza, apresentada aos pés do Pai. O penitente também renunciou a seus supostos direitos e reivindicações em relação a seu pai, dizendo: “e já não sou digno de ser chamado teu filho.” Ele poderia ter dito: “Eu pequei, mas ainda sou seu filho”, e muitos de nós teríamos considerado um argumento muito justificável. Porém ele não disse isso; é muito humilde para dizer tal coisa, e reconhece: “já não sou digno de ser chamado teu filho”. Um pecador está realmente quebrantado quando reconhece que se Deus não tivesse misericórdia dele, mas que sim o deixará fora para sempre, seria muito justo. “Se a súbita vergonha se apodera de meu alento, Pronunciar-te-ei Justo na morte; E se minha alma fosse enviada ao inferno, Sua justa Lei o aprovaria como bom” A alma que parou de argumentar e se submete à sentença não está longe da paz. Oh, pecador, se você quer encontrar pronto alívio, o encorajo a vá e se lance aos pés da cruz, onde Deus recebe as pessoas que são como você, e diga: “Senhor, eis-me aqui; faça o que quiseres comigo. Não oferecerei nenhuma palavra de desculpa, nem nenhum argumento atenuante. Sou uma massa de culpa e miséria, mas tenha piedade, oh, tenha piedade de mim! Não conto com direitos ou reivindicações. Perdi meus direitos de criatura ao voltar-me um rebelde contra Ti. Estou perdido e completamente arruinado diante do Tribunal da Tua Justiça. Dessa justiça fujo e me escondo nas feridas de Seu Filho.” “Segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões (Sl 51:1)”. Novamente, aqui houve a entrega de si a seu Pai, que não se mencionam nem sequer implicitamente alguns termos ou condições. Ele suplica ser recebido, ainda que o lugar de um servo seria o suficiente bom para ele. Ficaria contente de estar no meio dos ajudantes de cozinha, sendo que ele fora perdoado. Ele não reclama por uma pequena liberdade para pecar, ou estipula um pouco de justiça-própria com que possa vangloriar-se; antes renuncia tudo. Está disposto a ser nada ou qualquer coisa ou nada, simplesmente o que agrade a seu pai, contanto com que possa contar-se com os jornaleiros da casa. Agora não tem em suas mãos nenhuma arma de rebelião. Em sua alma não permanece nenhuma oposição secreta ao governo de seu pai, pois está completamente submetido e jaz aos pés de seu pai. Nosso Senhor, todavia, nunca esmagou nenhuma uma alma prostrada a seus pés, e nunca o fará. Inclinar-se-á e dirá: “Levantese, filho meu. Levante-se, pois eu te perdoei; vai-te, e não peques mais. Eu te amei com um amor infinito”. “Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida” (Oséias 6:1) “A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega” (Isaías 42:3)
                  
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