sábado, 14 de setembro de 2013

A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO...P/04—14/09/2013



IV Em quarto lugar, notem que
NESSE ATO SE ABRIGAVA UMA MEDIDA DE FÉ EM SEU PAI
 uma medida, digo, significando com isso não muita fé, mas alguma fé. Uma medida de pouca fé salva a alma! Tinha fé no poder de seu pai. Disse: “Na casa de meu pai tem comida o suficiente e até sobra”. Pecador, você não crê que Deus pode te salvar; que através de Jesus Cristo, Ele pode suprir as necessidades de sua alma? Não poderia chegar tão longe para dizer: “Senhor, se quiseres, podes me limpar”? O filho pródigo também tinha um pouco de fé na disposição do pai para perdoar; pois se não tivesse esperado isso, absolutamente nunca teria regressado a ele. Se ele tivesse a certeza que seu pai não sorriria para ele, não retornaria jamais á casa. Pecador, você deves crer que Deus é misericordioso, pois Ele o é! Creia, por meio de Jesus Cristo, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva; tão certo como vive Deus, isso é verdade, e não creia em nenhuma mentira concernente a seu Deus. O Senhor não é duro nem áspero, mas bem se alegra em perdoar grandes transgressões! O filho pródigo também acreditava na disposição de seu pai em abençoá-lo. Estava seguro que seu pai iria tão longe quanto a correção lhe permitisse, pois pensou dizer-lhe: “Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus servos”. Nisso ele também admitia que seu pai fosse tão bom que até ser seu servo seria algo muito bom! Contentava-se em obter o lugar mais baixo desde que pudesse estar sob a sombra de um protetor tão bom. Ah, pobre pecador, não acredita que Deus terá misericórdia de ti, se pudera fazer consistente com Sua Justiça? Se você crê isso, tenho boas notícias para te dar! Jesus Cristo, Seu Filho, ofereceu tal expiação, que Deus pode ser justo e o que justifica ao que é da fé. Ele tem misericórdia do mais vil, e justifica o ímpio, e aceita o pior dos pecadores através de Seu amado Filho! Oh, alma, tenha fé na expiação! A expiação feita através do sacrifício pessoal do Filho de Deus há de ser infinitamente preciosa! Deves crer que há suficiente eficácia nela para ti. Sua segurança consiste em acudir apressadamente a essa expiação e lançar-se a Cruz de Cristo, e você estará honrando a Deus se assim o faz. Essa é a única maneira que você pode honrá-lo. Você pode honrá-lo se crê que pode salvar você, até você. A fé mais genuína é a que acredita na misericórdia de Deus, pese a indignidade consciente. O penitente da parábola veio a seu pai tão indigno de ser chamado de filho, e, no entanto, disse: “Meu pai”. A fé tem um jeito de ver a escuridão do pecado e ainda crer que Deus pode converter nossa alma branca como a neve! Não é fé que diz: “eu sou um pequeno pecador então Deus pode me salvar”, mas antes a fé clama: Sou um grande pecador! Um pecador maldito e condenado, e, no entanto, apesar disso tudo, a misericórdia de Deus pode me perdoar e o sangue de Cristo pode me limpar”. Creia apesar de seus sentimentos e sua consciência; creia em Deus, ainda que tudo em você pareça dizer: „Ele não pode salvar-lhe. Ele não quer me salvar‟. Creia em Deus, pecador, acima dos topos de pecado do tamanho de montanhas! Faça como John Bunyan disse que fez, pois estava tão temeroso de seus pecados e seu castigo conseqüente, que não pôde fazer outra coisa senão correr para os braços de Deus, e acrescenta: “ainda que Ele estivesse segurando uma espada em Suas mãos, eu teria corrido contra sua ponta ao invés de manter-me longe d‟Ele”. Então, pobre pecador, faça o mesmo. Creia em seu Deus! Não acredite em nada mais, mas creia no seu Deus, e você será abençoado. O poder da fé sobre Deus é maravilhoso, pois cega sua Justiça e coage sua Graça. Não sei como ilustrar isso melhor do que com uma pequena historinha. Quando eu andava pelo jardim da minha casa há um tempo, achei um cachorro que se divertia entre as flores. Eu sabia que ele não era um bom jardineiro, e nem era meu, então eu joguei um pedaço de pau para que ele fosse embora. Depois de ter feito isso, ele me conquistou, e me fez sentir envergonhado por ter falado rudemente com ele, pois levantou meu graveto e balançando prazerosamente seu rabo, me trouxe de volta e o soltou aos meus pés. Vocês pensam que poderia expulsá-lo depois disso? Não, dei lhe umas palmadas de leve e comecei a elogiá-lo. O cachorro tinha conquistado o homem! E você, pobre pecador, sendo um cachorro como é, pode ter confiança suficiente em Deus para ir até Ele tal como és; não está em Seu coração menosprezá-lo! Há tal onipotência na fé sincera que é capaz de conquistar o próprio Ser divino. Confie unicamente n‘Ele conforme se revela em Jesus, e você encontrará a salvação.
V- Não tenho nem tempo nem força para prolongar-me mais aqui, e então você deve notar, em quinto lugar, que
ESTE ATO DE ENTRAR EM CONTATO COM DEUS É EXECUTADO PELO PECADOR NO ESTADO EM QUE ELE SE ENCONTRA.
Não tenho ideia de quão desastrosa devia ser a aparência do filho pródigo, mas sou obrigado a dizer que ela não deve ter tido como voltar melhor depois de ter cuidado de porcos, nem tão pouco imagino que suas roupas estivessem suntuosamente bordadas, após ter que recolher as alfarrobas das árvores. No entanto, do jeito que ele estava, veio! Provavelmente pode ter gasto uma hora limpando sua roupa e seu corpo. Mas não, disse: “Me levantarei”, e tão pronto como pensou, fez! Efetivamente, levantou-se e foi para seu pai. Toda vez que um pecador se detém longe de Deus para ficar melhor não está fazendo mais que agregando mais pecado a seu pecado, pois o maior de todos os pecados é estar longe de Deus, e quanto tempo permaneça nesse estado, mais ele peca. A intenção  de fazer boas obras, fora de Deus, é como o esforço de um ladrão para manter em ordem os bens roubados, enquanto seu único dever é devolvê-los imediatamente. O mesmo orgulho que conduz aos homens a afastarem-se de Deus pode ser visto em sua presunçosa noção de que eles podem melhorar a si mesmo enquanto recusam regressar a Ele! A essência de sua falta é que estão longe de Deus, e, portanto, qualquer coisa que façam, entanto essa distância ainda permanece não a podem fazer eficazmente. Digo que o extremo de todo o assunto é a distância que os separam de Deus, e, por ele, o começo da colocação das coisas radica em levantar-se voltar para Ele, do qual se apartaram. O filho pródigo estava obrigado a voltar para sua casa tal como estava, pois não havia nada que pudesse fazer. Estava reduzido a tais extremos de pobreza que não podia comprar uma peça nova de pano para remendar suas roupas, nem um pedaço de sabão com que pudesse limpar-se; e é uma grande misericórdia quando um homem está tão espiritualmente reduzido que não pode fazer nada a não ser ir até Deus como um mendigo, quando ele está tão falido que não pode pagar nem um centavo, quando ele está tão perdido que não é capaz nem de crer ou se arrepender longe de Deus, e mais sente que está eternamente arruinado a não ser pela intervenção do Senhor. Nossa sabedoria consiste em ir a Deus para tudo. Além disso, não se necessitava nada do filho pródigo a não ser voltar para seu pai! Quando um filho que fez algo de errado regressa, quanto mais cheio de lágrimas estará. Quando um mendigo pede uma esmola, quanto mais suas roupas estão surradas, melhor. Não são rasgos e dores as características dos mendigos? Uma vez eu dei a um homem um par de sapatos, porque ele havia dito que estava precisando deles. Porém depois dele os ter colocado e andando por um pouquinho, o peguei em um beco tirando os sapatos, voltando a ficar descalço de novo. Creio que eram sapatos de couro, e o que um mendigo teria que fazer com esse acessório? Ele estava os estava trocando por  sapatos velhos e batidos‘  os que eram apropriados para seu negócio!  Um pecador nunca está mais bem vestido para suplicar do que quando vem em farrapos. O pecador, ao pedir misericórdia, quando no seu pior momento, está paradoxalmente no seu melhor estado. E assim, pecadores, não há necessidade de hesitar  venha como estão. “Mas não deveríamos esperar pelo Espírito Santo?” Ah, amado, o que quer levantar e vira seu Pai tem o Espírito Santo! É o Espírito Santo quem nos move para retornarmos a Deus. São os espíritos da carne e do demônio que nos pedem para esperar. Por que não agora, pecadores? Alguns de vocês estão sentados nesses assentos  onde estão? Não posso encontrá-los, mas meu Mestre sim pode. Ele fez esse estudo para vocês. “Bem, eu gostaria de ir para casa e orar”. Ore ai onde você está: no seu assento! “Mas eu não posso falar alto”. Você pode se quiser, pois eu não vou te parar. “Mas talvez eu não queira fazê-lo”. Bom, então não faça. Deus pode te ouvir sem um único som, ainda que goste às vezes de ouvir clamores como “o que devo fazer para ser salvo?”. Eu ouviria com prazer: “Deus, seja misericordioso comigo, pecador”. Mas se o homem não pode ouvir você, o Senhor pode ouvir o clamor do seu coração. Agora, só por um minuto aquietem-se e digam: “Meu Deus, devo vir a Ti. Tu estás em Jesus Cristo e nEle Tu percorreste boa parte do caminho para se encontrar comigo. Minha alma precisa de Ti. Toma-me agora e faça-me o que tens que fazer. Perdoa-me e aceita-me”. Quando um homem fez isso, se encontra no momento decisivo de sua vida, no ponto de retorno, aonde quer que seja, num escritório, numa oficina, numa igreja, ou em um tabernáculo; não importa onde. Esse é o ponto: ir a Deus em Cristo, renunciando a tudo, e descansando na misericórdia de Deus por meio da fé
                  
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